terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Verdades que ninguém gosta de ouvir...

1- Pessoas que ridicularizam quem tem pouco geralmente têm mais do que merecem.

2- Cuidado ao criticar políticos e outras pessoas desonestas. Será que você não faria o mesmo se tivesse a mesma chance?

3- Repassar uma informação (qualquer que seja) sem antes checar a veracidade, é falta de bom senso! Mesmo que tenha a intenção de ajudar... Não é porque você viu na internet que há uma menininha desaparecida que você tem a autorização de repassar meu endereço de e-mail por aí...

4- Motoqueiros não arrancam retrovisores de quem deixa passagem para eles...

5- Se você não ensinar desde bebê quem manda na casa, seu filho mandará em você pelo resto da vida.

6- Não adianta ficar criticando a pobreza, a molecada das ruas se você não faz nada para que isso mude. (E acredite: você tem muito a fazer!)

7- Excesso de religiosidade é sinal de que alguma coisa vai mal. (Com raríssimas exceções)

8- As pessoas que abdicam da paternidade/maternidade têm mais tempo para pensar nos outros. Pessoas que têm filhos passam o resto da vida a pensar somente neles.

9- Aprendi com minha mãe que qualquer coisa em exagero não presta. E a cada dia vejo que ela tem razão.

10- Pessoas boazinhas e que não reclamam das coisas não têm Blogs! (rsrsrsrs)

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Para refletir um pouco...

Transcrevo aqui a letra de uma das músicas de Gabriel o Pensador, intitulada



"Pátria que me pariu"


Uma prostituta chamada Brasil se esqueceu de tomar a pílula e a barriga cresceu
Um bebê não estava nos planos dessa pobre meretriz de dezessete anos
Um aborto era uma fortuna e ela sem dinheiro
Teve de tentar fazer um aborto caseiro
Tomou remédio, tomou cachaça, tomou purgante
Mas a gravidez era cada vez mais flagrante


Aquele filho era pior que uma lombriga
Ela pediu prum mendigo esmurrar sua barriga
E a cada chute que levava, o moleque revidava lá de dentro
Aprendeu a ser um feto violento
Um feto forte, escapou da morte
Não se sabe se foi muito azar ou muita sorte
Mas nove meses depois foi encontrado, com fome e com frio, abandonado num terreno baldio

Pátria que me pariu!
Quem foi a pátria que me pariu?!
Pátria que me pariu!
Quem foi a pátria que me pariu?!


A criança é a cara dos pais, mas não tem pai nem mãe!
Então qual é a cara da criança?
A cara do perdão ou da vingança?
Será a cara do desespero ou da esperança?
Um futuro melhor, um emprego, um lar ...
Sinal vermelho não dá tempo pra sonhar
Vendendo bala, chiclete ...
"Num fecha o vidro que eu num sou pivete
Eu num vou virar ladrão se você me der um leite, um pão,
um video-game e uma televisão,
Uma chuteira e uma camisa do mengão
Pra eu jogar na seleção, que nem o Ronaldinho
Vou pra copa. Vou pra Europa ..."
Coitadinho!! Acorda, moleque,
Cê num tem futuro! Seu time não tem nada a perder
E o jogo é duro!
Você num tem defesa, então ataca!
Pra num sair de maca
Chega de bancar o babaca
"Eu num agüento mais dar murro em ponta de faca
E tudo o que eu tenho é uma faca na mão
Agora eu quero o queijo; cadê?

Tô cansado de apanhar, Tá na hora de bater!"

Pátria que me pariu!
Quem foi a pátria que me pariu?!
Pátria que me pariu!
Quem foi a pátria que me pariu?!


Mostra a tua cara moleque! Devia tá na escola
Mas tá cheirando cola, fumando um beck, vendendo brizola e crack
Nunca joga bola mas tá sempre no ataque
Pistola na mão, moleque sangue-bom
É melhor correr porque lá vem o camburão
É matar ou morrer!
São quatro contra um (- Eu me rendo!!)
Bum! Clá-clá!Bum!Bum!Bum!
Boi, boi, boi da cara preta
Pega essa criança com um tiro de escopeta
Calibre doze, na cara do Brasil
Idade: catorze

Estado civil: morto
Demorou... mas a sua pátria-mãe-gentil conseguiu realizar o aborto!!!

Pátria que me pariu!
Quem foi a pátria que me pariu?!
Pátria que me pariu!
Quem foi a pátria que me pariu?!

(Essa música me veio à mente depois de assistir os dois filmes brasileiros sobre o "Caso 174"... Recomendo!)


segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Dilma venceu... e agora?

Publicado o resultado final das eleições para presidente no Brasil: Dilma, do PT, venceu, como previam as pesquisas de opinião.

Muitos foram os debates, muitas foram as críticas (para ambos) em Orkuts, Facebooks e outros meios ...

Com o resultado, é claro que um dos lados sempre fica insatisfeito.

Desde o início, posicionei-me contra o PSDB (não gosto, já cansei dos longos 16 anos de PSDB no nosso Estado). Confessei publicamente que não era fã da Dilma ou do PT e cheguei até a sugerir que as pessoas anulassem seus votos ao invés de votar no PSDB novamente.

Na semana passada, tive a oportunidade de ler um e-mail falando sobre a diferença entre votar em branco e votar “nulo”. Segundo o autor do texto, votar em Branco significa dizer “Tanto faz; não to nem aí!”; votar nulo significa “Tô fora: não quero nenhum destes!”. Porém, ambos os tipos de protesto não favorecem em nada o sistema eleitoral (pra falar a verdade, só serve para fortalecer ainda mais um candidato: se você deixa de votar no “menos pior” pode fortalecer o outro...)

Com este pensamento, votei no que considero “menos pior”, e nem preciso dizer em quem foi... rsrsrs

Agora estamos na fase do choro de quem não conseguiu o que queria: eleitores decepcionados, entristecidos, xingando os demais brasileiros de burros, idiotas, e por aí vai...

Vendo isso tudo, algumas dúvidas surgiram, e adoraria que alguém me explicasse o que está acontecendo!

Em primeiro lugar, vejo adolescentes decepcionados com o resultado, proclamando aos quatro ventos que agora estamos f...; que o Brasil perdeu; que o Norte e o Nordeste atrasam o país etc. (Em tempo: no Sudeste a Dilma também teve maioria de votos... só pra lembrar).

A minha dúvida é a seguinte: esses jovens realmente entendem de política, estudaram o assunto em suas escolas particulares, ou apenas repetem o que ouvem de seus pais?

Em segundo lugar, fico intrigada ao ver alguns amigos dizendo cobras e lagartos do atual governo do PT e – pior ainda – falando mal de um governo que ainda nem sabem como será – com suas previsões catastróficas...

E sabe por que fico intrigada? Porque mesmo neste governo DE MERDA (segundo eles), a grande maioria continua passeando com seus carros importados, filhos estudando em escolas particulares, viagens internacionais todos os anos, roupas de marca etc... Qual é o problema então??? (Com certeza não é com sua situação, é?)

É por isso que acredito que o problema do PT nem é tanto o sistema de governo em si... o maior problema é que o PT virou coisa de “pobre”, coisa de gente baixa, partido que defende os menos favorecidos... Virou vergonha assumir que voto pro PT (“já pensou se meus amigos descobrem?”).

Aí alguns amigos dizem: “Não é nada disso. O problema do PT é a corrupção, é o sistema de impostos etc”. E eu respondo: “Você acha que com o PSDB seria diferente? De verdade? Que bom, você ainda tem esperança!”

Assim, gostaria - muito mesmo - que você, lendo este blog, expusesse o que pensa sobre o assunto... Qual o motivo de tanta indignação? Você realmente tem um propósito para essa revolta ou apenas repete o que lê nos e-mails? Você acredita mesmo que um outro partido faria diferente? Você está insatisfeito com sua situação atual ?

Eu só posso dizer uma coisa: também estou insatisfeita com muitas coisas, também não concordo com corrupção, mas não posso reclamar da vida que tenho... Além do mais, ainda acredito que o Brasil pode ser diferente, e MELHOR!

E, ao invés de fechar os olhos para os menos favorecidos (o que significa muitas vezes fechar os vidros do carro, literalmente, para a pobreza) prefiro acreditar num governo em que estas pessoas possam ter uma chance de viver melhor... Quero mais é que haja alguém preocupado com elas! Porque quanto mais estas pessoas estiverem satisfeitas, menos se incomodarão com a minha satisfação... E estaremos - todos - bem.

O processo eleitoral já acabou. O resultado das urnas está aí, e não há mais o que fazer. Então, ao invés de ficar reclamando, vá à luta! Participe mais, cobre mais, ou ao menos faça a sua parte! Reclamar, ficar prevendo tragédia, ficar chamando os outros de idiotas não resolve nada...


Abraços pra todo mundo!

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

28 de outubro: Dia do Funcionário Público


Hoje é o dia dedicado ao Funcionário Público.

Segundo definição da Wikipédia: "funcionário público é todo aquele que mantém um vínculo empregatício com o Estado, e seu pagamento provém da arrecadação pública de impostos, sendo sua atividade chamada de "Típica de Estado". Geralmente é originário de concurso público, pois é defensor do setor público."

Muitas vezes tenho vergonha de ser funcionária pública. A fama atribuída ao nosso cargo nem sempre é exagerada: funcionários mal-humorados, muitas vezes despreparados (concurso público nem sempre escolhe o MELHOR para a função), mal acostumados... (Perdoem-me os que não se encaixam nesta definição, mas temos que encarar a realidade.)

Por ser uma função pública, é como "não ter chefe"... O seu chefe fica distante, a quilômetros de distância, e nem sabe que você existe (teoricamente). Aí o funcionário se vê no direito de extravasar sua indignação: acha que pode tudo, quer usufruir todos os seus direitos, quer usar todos os artifícios, quer levar vantagem em tudo. Como não há um chefe pra me "podar" (teoricamente), tiro férias, licenças, abonadas, e tudo o que tiver direito.

E aí começa a bola de neve... Pensando estar se "vingando" do Estado, que lhe paga pouco, acaba por lesar seus colegas, que ficarão sobrecarregados com o serviço extra... e também vão querer tirar suas licenças, férias, abonadas etc. E aí começa a confusão: "Se Fulano tirou, também posso"; "Se não assinarem minhas férias, vou direto ao Tribunal", e por aí vai. E quem não usufrui de suas férias, fica com o serviço... E fica estressado, mal-humorado, e desconta tudo em quem? Em quem não tem nada a ver com isso!

O fato mais relevante nessa função é isso: o funcionário público não se enxerga como empregado do povo, do público em geral... Ele é funcionário do Estado, do "Governo", da "Prefeitura". E enxerga esse seu patrão como um carrasco, que lhe paga mal, lhe "suga" ao máximo. Aí, achando estar "ludibriando" seu patrão, lesa os colegas. É por isso que funcionário público é tão desunido! Não se enxergam como um grupo!

O que mais ouço é o seguinte: "Tirar férias é meu DIREITO; se não há funcionários suficientes, o Estado que se vire!" (como se houvesse alguém, no Estado, preocupado com isso...).

Então, na próxima vez que for atendido por um funcionário público estressado, tente entendê-lo: ele se acha sempre lesado; muitas vezes tem que fazer o serviço de outro (que está usufruindo de seus direitos); muitas vezes é mal-preparado e muitas vezes está naquela função por falta de opção mesmo... Mas é uma boa pessoa, pode acreditar!

Feliz Dia do Funcionário Público!



domingo, 24 de outubro de 2010

A bola da vez: O ABORTO

MAIS UM TEMA POLÊMICO: O ABORTO!

Como os seguidores do meu Blog já sabem, gosto de trazer à tona temas polêmicos... Não para provocar, nem para magoar... mas para conversarmos, para esmiuçarmos o tema, para ver como cada um defende a sua opinião.

E como o assunto do momento é o aborto...

Muito se tem discutido sobre o assunto, mas o que mais me incomoda é ver as pessoas falando asneiras, pessoas ditas “religiosas”, “cristãs” dizendo “Não vote em fulana... ela é a favor do aborto”. E outros, contestando: “Vamos votar em branco ou nulo, porque a mulher do candidato sicrano já abortou também”. E eu penso: “Epa! Espere aí! O que a fulana ou fulano REALMENTE dizem sobre o assunto? Eles dizem que apóiam a legalização do aborto, pura e simplesmente? Ou em determinados casos?

E aí os “cristãos” dizem “Não interessa; aborto é crime e pronto!”, “Interromper uma vida é sempre condenável!” Ah, tá...

O que as pessoas confundem demais é que “permissão” não significa “obrigação”. Uma coisa não tem nada a ver com a outra.

Se o cigarro é permitido, não significa que todos vão fumar...

Com a permissão de porte de armas, ninguém saiu por aí comprando armas pra ter em casa, saiu?

(Aliás, mesmo com a proibição, aqueles que querem fumar vão fazê-lo de qualquer jeito; e aqueles que se utilizam de armas para cometer crimes vão tê-las de qualquer jeito, com permissão ou não!)

Com o caso do aborto é a mesma coisa. Primeiramente precisamos analisar o que diz a lei. Hoje em dia, aborto é crime, mas há duas exceções: quando a gravidez causa risco de morte para a mãe e quando a gravidez foi resultado de estupro (ato sexual violento). Até aí todo mundo concorda? Ou os religiosos vão dizer que não pode também? (Tudo bem... se quiserem manter a gravidez, é um direito seu... ninguém vai te prender por isso!) Mas existe a PERMISSÃO, nestes casos. Você aborta, se quiser. E com respaldo da lei.

Mas o que vem sendo alvo de críticas é que a candidata a presidente disse que “aborto é tema de saúde pública”.

Não tive tempo de analisar exatamente o que ela disse, se ela explicou isso... sei lá ! (quando penso num tema, tenho que escrever rápido, pra não perder a adrenalina... rsrsrs)

Mas penso que o que ela quis dizer é que o aborto deveria ser reanalisado e que EM CASOS DE SAÚDE PÚBLICA (por exemplo: feto anencefálico), o aborto poderia ser realizado, sem que isso fosse crime.

E aí as pessoas condenam porque não acham certo, porque é um feto, é um ser vivo (respira, tem movimentos).

Segundo estatística realizada em 2008, a cada 3 horas nasce uma criança anencéfala no Brasil (isso eu pesquisei), ou seja: 8 bebês por dia. A anencefalia ocorre por volta do 24º dia de gestação. A gestante nem sabe ainda que está grávida. Quando ela descobre, não há mais o que se fazer.

Aproximadamente 75% dos fetos anencéfalos morrem no útero. Mas alguns têm sobrevida vegetativa que cessa, na maioria dos casos, em 24h ou nas primeiras semanas.

Em geral o diagnóstico é feito durante a ecografia, momento em que as mulheres buscam saber o sexo da criança. Quando constatado, o que ocorre é uma lenta e desesperada busca por tribunais para evitar que o feto alcance 500g ou 20 semanas de gestação e precise ser enterrado. “É uma experiência de tortura” – dizem as mulheres que já passaram por isso.

Imagine ter dentro de si um feto que na maioria das vezes foi planejado, querido, amado, e descobrir, após alguns meses, que ele não sobreviverá (há casos raríssimos em que os bebês chegaram a completar um ano, mas com vida totalmente vegetativa).

Imagine a tortura de saber que tem o bebê, ver sua barriga crescendo, mas não poder comprar uma peça de enxoval, porque a criança não vai se desenvolver!

O médico José Aristodemo Pinotti chegou a dizer que a interrupção da gravidez em caso de anencefalia sequer poderia ser classificada como aborto, porque o feto anencefálico não tem potencialidade de vida.

Então, voltando a legalização ou não, ninguém está dizendo aqui que o aborto deve ser legalizado em qualquer situação, mas apenas em casos como este, onde praticamente não se pode falar em vida...

E o fato de ser legalizado não significa que ninguém será obrigado a abortar... Cada um sabe o que é melhor pra si.

A legalização, nestes casos específicos, propicia às mulheres que estão sofrendo um alívio que tem que ser buscado atualmente nos Tribunais (e que muitas vezes é negado). Com a legalização, estas mulheres poderiam realizar a cirurgia com amparo da lei; poderiam exercer esta opção, que hoje lhes é negada! Sem contar nas pessoas de renda social mais baixa, que já realizam seus abortos (em qualquer situação, e não só nos casos de anencefalia) em verdadeiros “açougues”.

Ou seja, sendo legalizado ou não, o aborto continuará sendo praticado... A diferença é que com a lei eles seriam praticados por pessoas capazes, em clínicas autorizadas, sem perigo para a vida da mãe.

O mesmo poderíamos dizer da legalização das drogas... O fato de se legalizar o uso já evitaria o tráfico, pois não haveria motivo pra traficar se as pessoas pudessem comprar essas tranqueiras na padaria (como fazem atualmente com o cigarro). E nem por isso nós, que não somos usuários, iríamos comprar... Mas isso é tema pra um outro dia!

E você, caro seguidor deste blog: o que pensa deste assunto?

Abraço a todos!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Para minhas amigas



Hoje é aniversário de uma grande amiga de infância... E aproveito pra fazer uma homenagem às grandes amigas que tive: Simone e Fabiola Denzin,Paula, Lucila (a aniversariante), Gleici, as irmãs Silvia, Sirlaine e Simone, Cris Zalk, Solange, Drica... e tantas outras: de escola, de trabalho, vizinhas, amigas não tão próximas...

Amigas de família, amigas que vão e vêm, provando que o tempo passa, mas certas coisas nunca mudam... E são amigas de vários tipos:
Aquela que só liga no dia do seu aniversário, e mesmo assim vc adora;
Aquela com quem vc andou de braço dado pra todo canto;
aquela que te critica a cada 5 minutos;
aquela que te dá bronca e manda parar de roer as unhas;
aquela que exige a sua atenção;
aquela de quem vc tem muito ciúme;
aquela que foi sua madrinha de casamento (ou vc foi madrinha dela);
aquela que era mais chegada, mas sumiu e vc nunca mais soube;
aquela que é uma irmã pra vc;
aquela que brincou de amarelinha, de casinha, de escolinha;
aquela que te metia em encrenca mas te fazia rir muito!
Amigas de longe, amigas de perto... cada qual com sua mania, sua marca registrada!
Saudades de vocês!



Organograma de qualquer "associação"

A mais pura realidade!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Revoltada com certas coisas!

Faz tempo que não passo por aqui e confesso que não sei o que escrever.

São tantas coisas que andam me revoltando...

Adoraria falar sobre "funcionário público", sobre "a moral conforme as circunstâncias" (já postei um texto da Danuza sobre isso), sobre "Tudo que é excesso, é enjoativo", sobre "A natureza primeira do ser humano", sobre "religiosidade e sentimento de superioridade" etc.

Mas só vou colocar uma frase. Só uma.

"Dependendo das circunstâncias, as pessoas são capazes de quebrar seus mais arraigados códigos éticos e praticar atos que passaram a vida condenando e que continuam condenando, se praticados por outro.

A qualquer momento, qualquer um pode virar ladrão, traidor, assassino, herói e até santo.

Vai depender apenas do momento – e das
circunstâncias.”

(Danuza Leão)



Então... antes de condenar alguém, pense se não faria a mesma coisa NAQUELAS CIRCUNSTÂNCIAS.

(Dependendo do lado em que você está, sua opinião muda... Pense nisso!)


segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A "Vontade de Deus"


Na semana passada tive a oportunidade de ir pra Rio Claro no sistema “bate-e-volta”, de ônibus, e confesso que achei muito legal... Afinal, se você quer assunto pra comentar no seu Blog ou com seus amigos durante a semana, não pode deixar de passar algumas horas dentro de um coletivo! Rsrsrs

E resolvi escrever sobre uma coisa que me chamou a atenção, tanto na ida como na volta.

Lá em Rio Claro, na segunda-feira, por volta de 20h30min, uma senhora entrou no ônibus com um rapaz que parecia seu filho e disse, em alto e bom tom: “Ai, graças a Deus!”. E, olhando para o rapaz que estava com ela: “Você viu? Foi eu começar a pedir pra Deus e o ônibus apareceu! Com o frio que eu tava, só Deus mesmo!”

...

E no dia seguinte, por volta de 19h, dentro de um coletivo, já em São Caetano, ouvi o seguinte diálogo entre um rapaz e uma moça:

- Você sabia que Sicrana está grávida, né ?

- Não!

-É; vai “ganhar” no mês que vem, já !

- Mas é daquele cara?

-Não, é outro! Xiii, coitada! Tá o maior problema, viu? O cara insiste em dizer que o filho não é dele! Um safado! Eu disse pra ela: se fosse comigo, nem sei o que faria com um cara desse viu? Onde já se viu? Ela não fez sozinha... Na hora bem que ele gostou né?

- É... (imaginando se fosse com ele)

- Mas eu disse pra ela: “Olha, Deus sabe o que faz! Se DEUS QUIS ASSIM, é porque quer mostrar alguma coisa pra ela! Porque Deus não faz nada sem um propósito!”

E eu ouvindo aquilo tudo, tendo que ficar quieta! Humpf!

(Quem me conhece bem, deve imaginar... rsrsrs)

E fiquei morrendo de vontade de dizer: “Ah, claro... o propósito de Deus deve ter sido fazer ela entender que devia ser mais responsável, e que da próxima vez deve usar preservativo...”.

E fiquei o resto do tempo pensando em como criamos coisas na nossa cabeça! Como arranjamos desculpas para nossos erros!

Quando acontece algo de bom, “Graças a Deus!” – é quase uma frase automática, é quase como dizer “Bom dia” quando acordamos entre pessoas que nos são queridas.

Quando acontece algo de errado, dizemos “Deus quis assim”...

É uma forma de nos consolarmos, ou de não admitir que fizemos algo errado e que a culpa é só nossa mesmo! É mais fácil colocarmos a responsabilidade daquela “caca” em alguém que não vai reclamar... É ou não é?

E pensei também naquela primeira mulher... Foi só ela pedir pra Deus e o ônibus veio! Que bom, não? Rsrsrsrs

Ah, tá... Mas e quando a gente pede e o ônibus não vêm?

A segunda moça diria: “Deus tem um propósito pra tudo.”

E assim vamos levando. Cada um arranja e desculpa que tem.

E Deus vai assumindo tudo.

E vemos na TV o caso da moça que está grávida de cinco bebês. (Não tem condições de criar nem 2, mas engravidou de 5, sem tratamento.)

E conhecemos muuuitas mulheres que estão desesperadas pra ter pelo menos um... mas não conseguem engravidar!

E vejo amigos agradecendo a Deus pelos bens materiais que conseguiram... E penso: o que faria Deus dar bens para uns em detrimento de outros?

Complexo, não?

Antes que alguém ache que sou totalmente descrente, gostaria de acrescentar que acredito em Deus SIM, mas não nesse Deus que dá tudo para um e nada para outro; não nesse Deus que comanda tudo... Não podemos jogar nas mãos de Deus a irresponsabilidade de nossos atos!

Não gosto dessa resposta simplista de que “Deus quis assim” ou “Tudo tem um propósito”...

Respeito as pessoas que assim pensam, mas não concordo.

É o que tenho pensado.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

E viva a diversidade!!!!!

Algumas coisas me incomodam... e muito!

Certas pessoas não entendem que a diversidade é algo que não dá pra mudar. E querem, a todo custo, convencer outras pessoas de que sua escolha é a melhor! É como se eu ficasse, a todo tempo, publicando textos e pesquisas sobre a "Não-Maternidade"...

Há os que gostam do espiritismo e há os que gostam do Cristianismo (e mil outras derivações); há os que adoram a liberdade da não-maternidade e há os que sonham com a vida a três (a quatro, a cinco, a seis...); há os que preferem ser casados e há os que defendem sua vida de solteiro; há os que gostam de baladas e os que adoram um sossego; há os que curtem champanhe e há os que preferem sidra; há os heteros e os gays. E isso não é ótimo??

O que me chateia é ver alguém A TODO TEMPO querendo convencer outras pessoas de que a forma como elas (as outras) pensam está errada! Porque uma coisa é vc dizer que acredita estar certo... outra coisa é você dizer que os outros estão errados!

Até vc querer defender sua tese... nada de mal nisso! Já publiquei textos sobre as vantagens da vida sem filhos, mas com isso não quero obrigar ninguém a pensar como eu penso! Não fico dizendo que quem tem filho é louco ou sem-noção... nada disso! Gosto de crianças, respeito demais quem opta por tê-las, só não preciso ter uma. É só uma defesa de opinião... Só!

Diversidade, pra mim, é isso: eu gosto de uma coisa, você gosta de outra e nos respeitamos. E respeito inclui não prejudicar o outro.

É o que eu penso.

Beijão pra todos que acompanham este Blog.



segunda-feira, 23 de agosto de 2010

DILEMA

Sobre o que eu quero escrever... não posso!

Sobre o que eu posso escrever... não quero!

E enquanto isso, esse Blog fica sem postagens!

Tchau!

segunda-feira, 21 de junho de 2010

PATRIOTISMO DOIDO


Hoje quero escrever sobre um tema delicado.

Nesta época de Copa do mundo quase todo mundo vira patriota de um dia para o outro, berrando aos quatro ventos “Sou brasileirooooo, com muito orgulhooooo, com muito amooooooorrr”...

Mas há também aqueles que querem torcer para outro país (mesmo que nunca tenham ao menos pisado naquela terra), com a alegação de que é “o país de seus ascendentes”.

Vejo isso principalmente com os descendentes de alemães e de italianos.

E é dessas pessoas que quero falar hoje.

Acho realmente incrível que uma pessoa possa se apaixonar tão profundamente por algo que não conhece!

Não quero dizer que qualquer outro país tem defeitos, ou que é pior que o meu, não... Mesmo porque também não os conheço profundamente (conheço o que vejo na televisão e tomo por base o que ouço de alguns parentes que vivem fora).

Na verdade, o que mais me intriga é ver pessoas torcendo para outro país simplesmente porque é a terra de seus avós (ou até bisavós!). Nunca foram lá ( alguns provavelmente nunca irão mesmo), mas defendem aquela terra com um amor... uma dedicação... um patriotismo!

Só consigo entender essa admiração se a pessoa nasceu lá e veio pra cá por causa de trabalho ou outro motivo relevante, ou se morou lá por mais de 15 anos... Mas admirar um país só porque é a terra de seu ascendente... não dá!

Acho que o que mais me revoltou foi saber um dia, pela boca de meu próprio pai, que nossa família (grande parte dela, pelo menos) torce para o time do São Paulo porque é o time que tinha as cores mais parecidas com as da Alemanha!!!!!!! (Dá pra acreditar nisso, gente???) E meu pai só pisou no tão amado país (Alemanha) aos 68 anos!!

O que me revolta é saber que nossos avós/bisavós vieram pra cá pelo simples motivo de que lá não estava tão bom...

Seja pelo fato de que prometeram alguma coisa aqui, ou porque foram enganados, acredito que vieram na esperança de uma vida melhor... ou não?

E aí o neto/bisneto/trineto, que foi educado a amar o país de seus avós/bisavós/trisavós fica idolatrando um país que nem sabe que ele existe...

Os países europeus são de Primeiro Mundo? Simmm! As coisas naqueles países realmente funcionam! O povo é mais educado, as leis são cumpridas, não há tanta violência e a miséria é controlada...

Mas se for pra você ficar “puxando o saco” deles, mude-se para lá!

Porque, por enquanto, é daqui que você tira o seu sustento!

É o que eu penso!

quarta-feira, 16 de junho de 2010

A culpa por não ser magra

MAGREZA É VIRTUDE?

Por Leila Ferreira, para Marie Claire Brasil

Vivemos sob a ditadura da magreza: ser magro hoje é tão importante quanto ser honesto. Mas a regra, claro, só vale para o sexo feminino. Será que um dia voltaremos a comer sem culpa?

Ontem comi doce de leite com queijo. Anteontem tomei sorvete. E, entre uma e outra sobremesa, temperei minha vida com duas fatias de bolo de coco. Enquanto desfrutava do sabor maravilhoso do doce, do sorvete e do bolo, tentei me lembrar de como é comer o que existe de mais gostoso sem sentir culpa. Não consegui. Aquela felicidade plena, aquela sensação maravilhosa de saborear um doce que se ama sem pensar em mais nada, sem sentir nada além daquele sabor, foi riscada do cotidiano das mulheres. No dicionário feminino, o verbete “prazer” vem sempre acompanhado da palavra “culpa” -pelo menos quando se fala de alimentação. Antigamente, nós, mulheres, não podíamos ter apetite sexual. Hoje não podemos ter apetite -ponto final. É por isso que eu sempre brinco que nos tiraram de Bangu 1 e passaram para Bangu 2. O endereço da cadeia mudou, mas continuamos prisioneiras. Antes era a moral que nos aprisionava. Hoje é a estética.

Ser magro, hoje, é tão importante quanto ser honesto. Aliás, vamos passar a frase para o feminino: a magreza nas mulheres hoje é tão valorizada quanto a honestidade. Sim, porque nos homens a magreza é apreciada e admirada. Mas, se eles forem cheinhos, a gente perdoa. O que nossa cultura não aceita é a mulher acima do peso -e o peso em questão é ela, a própria cultura, que define. Se a mulher não é magra, ela pelo menos tem que mostrar que se esforça 24 horas por dia para emagrecer. Se não luta contra os quilos, é vista como fraca, desleixada, indisciplinada, ou seja, o julgamento estético ganha um caráter moral. De volta ao começo? Mais uma vez a moral nos aprisionando?

Não é à toa que as mulheres hoje sobem na balança da mesma forma com que se ajoelhavam nos confessionários de antigamente: cheias de ansiedade e medo. Temem ser julgadas e punidas por seus excessos -não mais da alma, mas do corpo. É por isso que, quando vamos comer algo que engorda, a gente diz: “Eu mereço!”. Ou seja, estou em dia com os meus deveres, e por isso posso cometer essa pequena transgressão. É por isso, também, que os pais indianos listam a magreza da futura nora ao lado de predicados como séria e trabalhadora. Ser magra passou a ser uma virtude valorizada tanto na esfera social e no mercado de trabalho quanto no mercado matrimonial.

Saudades de Bangu 1? Não precisamos chegar a tanto. Nem a prisão da alma, nem a prisão do corpo. Além dos melhores bolos e dos melhores sorvetes, nós, mulheres, merecemos um mundo sem qualquer tipo de prisão.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Último capítulo da novela "A casa velha"

Depois de muitos dias nesse mesmo assunto (já tá um saco, né?) vou escrever a verdade:

A casa velha das últimas postagens é de um calendário trazido de Roma (o que significa dizer que deve ser uma casa italiana)!

De início tinha pensado em escrever um texto sobre como admiramos coisas de outro país em detrimento das coisas do nosso (Clóviiiiiiiiisssss... U- uuuuuuuuu - rsrsrs)

Vi essa foto no calendário e pensei: "Que casinha mais feia e relaxada!". Ainda mais para estar num calendário! E lembrei de quantas vezes vi pessoas admirando paisagens da Itália como se fosse a coisa mais linda do mundo enquanto eu olhava e só via um monte de casas amontoadas em morros, com becos minúsculos de passagem...

A intenção, ao pedir opiniões, era verificar se as pessoas achariam a casa feia ou não... e se isso (ser feia) as faria imaginar que a casa era brasileira... rsrsrs

Só houve uma opinião de que a casa provavelmente era italiana (acertou, Li!!!!!)

De qualquer forma, a experiência não deu certo. Ninguém quis opinar quanto ao relaxo da paisagem...

E a verdade está contada!

Abraço pra todo mundo


quarta-feira, 19 de maio de 2010

De quem é a casa, afinal??


Foi muito interessante a brincadeira...

Legal observar como cada pessoa descreveu a mesma cena! De uma forma geral, ninguém "exagerou" nos comentários quanto ao estado lastimável da casa, talvez com medo de que fosse a casa de algum conhecido, ou parente, sei lá...rsrsrs

A maioria descreveu a casa como sendo de uma "senhora bem velhinha", "senhorinha" ou "velha solteirona que fica escrevendo blogs" (hahaha) e também apimentaram a descrição alegando que se a casa fosse do Brasil os paninhos e os vasos não estariam mais ali e a porta não seria tão frágil.

Mas, afinal, de quem é a casa?

Esta casa pertence a um casal de cerca de 30 anos (não são conhecidos meus) e fica no Brasil (Bento Gonçalves - RS).
A referida porta é sim a de entrada da casa (observe o nº 35 fixado na parede) e os gatos estão sempre ali porque são alimentados pelo casal.

A foto foi tirada por uma amiga minha que achou a cena curiosa...

E aí? Decepcionados?
Beijão pra todo mundo! rsrsrsrs






sexta-feira, 14 de maio de 2010

Analise esta foto!




Olá, amigos!
Tinha um texto preparado para esta foto, mas mudei de idéia...

Vou propor uma brincadeira a vocês que acompanham o Blog (inclusive vc, Alberto...)





Olhe bem para esta foto e escreva o que você pensa dela:

- Você gostou da foto?
- Você acha que é uma residência?
- Onde fica este lugarejo?

Depois de algumas opiniões, vou escrever o meu texto.

Participe!
Abraço a todos!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

FALA MAL, MAS FAZ IGUAL...

Recebi um e-mail muito interessante nesta semana, e quero compartilhar com vocês.

Essa mania incessante de reclamar de políticos, de falar dos outros mas não enxergar o próprio pé, não nos deixa refletir quão errados somos todos os dias, algumas vezes até sem nos dar conta!

Se você me disser que nunca fez nada do que está listado abaixo, posso te dizer: "Parabéns! Você é um ser honesto! E tem todo direito de reclamar dos nossos políticos, da corrupção..."

Para exigirmos, precisamos dar o exemplo!

Segue o texto:

" Tá Reclamando de quê? "

reclamando do Lula? Do Serra? Da Dilma? Do Arruda? Do Sarney?
D
o Collor? Do Renan? do Palocci? Do Delubio? Da Roseanne Sarney?
Dos politicos distritais de Brasilia? Do Jucá? Do Kassab? Dos mais
300 picaretas do Congresso? Então é melhor parar pra pensar um pouco...

O Brasileiro é assim:

1. - Saqueia cargas de veículos acidentados nas estradas.

2. - Estaciona nas calçadas, muitas vezes debaixo de placas proibitivas.

3. - Suborna ou tenta subornar quando é pego cometendo infração.

4. - Troca voto por qualquer coisa: areia, cimento, tijolo, e até dentadura.

5. - Fala no celular enquanto dirige.

6. -Trafega pela direita nos acostamentos num congestionamento.

7. - Pára em filas duplas, triplas em frente às escolas.

8. - Viola a lei do silêncio.

9. - Dirige após consumir bebida alcoólica.

10. - Fura filas nos bancos, utilizando-se das mais esfarrapadas
desculpas.

11. - Espalha mesas, churrasqueira nas calçadas.

12. - Pega atestados médicos sem estar doente, só para faltar ao
trabalho.

13. - Faz
" gato " de luz, de água e de tv a cabo.

14. - Registra imóveis no cartório num valor abaixo do comprado,
muitas vezes irrisórios, só para pagar menos impostos.

15. - Compra recibo para abater na declaração do imposto de
renda para pagar menos imposto.

16. - Muda a cor da pele para ingressar na universidade através
do sistema de cotas.

17. - Quando viaja a serviço pela empresa, se o almoço custou 10
pede nota fiscal de 20.

18. - Comercializa objetos doados nessas campanhas de catástrofes.

19. - Estaciona em vagas exclusivas para deficientes.

20. - Adultera o velocímetro do carro para vendê-lo como se
fosse pouco rodado.

21. - Compra produtos pirata com a plena consciência de que são
pirata.

22. - Substitui o catalisador do carro por um que só tem a casca.

23. - Diminui a idade do filho para que este passe por baixo da
roleta do ônibus, sem pagar passagem.

24. - Emplaca o carro fora do seu domicílio para pagar menos IPVA.

25. - Freqüenta os caça-níqueis e faz uma fezinha no jogo de bicho.

26. - Leva das empresas onde trabalha, pequenos objetos como
clipes, envelopes, canetas, lápis.... como se isso não fosse roubo.

27. - Comercializa os vales-transporte e vales-refeição que
recebe das empresas onde trabalha.

28. - Falsifica tudo, tudo mesmo... só não falsifica aquilo que
ainda não foi inventado.

29. - Quando volta do exterior, nunca diz a verdade quando o
fiscal aduaneiro pergunta o que traz na bagagem.

30. - Quando encontra algum objeto perdido, na maioria das vezes
não devolve.

31.- Estaciona em vagas de deficientes e idosos, na maior cara-de-pau...

E quer que os políticos sejam honestos...

Escandaliza- se com a farra das passagens aéreas...

Esses políticos que aí estão saíram do meio desse mesmo povo ou não?
Brasileiro reclama de quê, afinal?

Sugiro adotarmos uma mudança de comportamento, começando por nós mesmos, onde for

necessário!

Vamos dar o bom exemplo!

Espalhe essa idéia!

"Fala-se tanto da necessidade deixar um planeta melhor para os
nossos filhos e esquece-se da urgência de deixarmos filhos melhores
(educados, honestos, dignos, éticos, responsáveis) para o nosso
planeta, através dos nossos exemplos..."

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Se semeio cactus, nunca colherei rosas!


Tinha planejado postar outra coisa aqui, mas algumas coisas destes últimos dias me fizeram mudar de idéia.

Ontem pensei muito no fato de algumas pessoas reclamarem tanto da vida e não perceberem o porquê de suas vidas serem tão mornas.

Já postei aqui algo sobre "Gostar é retribuição" e acho que esta postagem seguirá a mesma linha. Inclusive, ao escrever estas linhas, nem dei um título para esse texto, porque ainda não sei pra onde ele pode rumar.

O fato é que as pessoas que mais reclamam NORMALMENTE são as que: tem menos amigos ( e não colaboram em nada para tê-los); são mais perturbadas emocionalmente; sempre têm algum rancor ou mágoa dentro de si. E esses fatores colaboram cada vez mais para que elas não mudem sua situação.

A pessoa reclama que tudo dá errado pra ela: e o que ela tem feito pra que as coisas dêem certo? (Incrível, mas parece que quando fazem algo pensando em "se dar bem", aí é que se ferram!).

A pessoa reclama que não tem amigos: e o que ela tem feito pra cultivar as amizades? Não é por nada não, mas para ter amigos é preciso sorrir, abrir sua casa para os outros, aceitar convites (e até engolir alguns sapos de vez em quando...rsrsrs).

A pessoa reclama que não tem ânimo pra nada: diz-me com quem andas e eu te direi quem és! Já ouviram essa frase? Se você só anda com pessoas mal-humoradas, doentes, deprimidas, rancorosas... tornar-se-á uma delas!

Há uma frase em uma música do grupo Roupa Nova que acho brilhante: "As pessoas se convencem de que a sorte me ajudou, mas plantei cada semente que o meu coração desejou."

Cada um colhe o que plantou!

Se você tá triste com o seu caminho, ainda dá tempo de mudar!
Amigos são fundamentais na vida, e se você quer cultivá-los, tem que aprender a se doar!
E se não se dispuser a isso, esqueça... e não reclame depois!

Beijão a todos!

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Dúvidas cruéis


Por que as pessoas vivem reclamando dos governantes mas todos os dias agem com o mesmo egoísmo e ambição?

Por que as pessoas vivem reclamando do que o outro tem, ao invés de cuidarem dos seus próprios interesses?

Por que as pessoas menos cultas não enxergam que lixo na rua é uma coisa horrível?

Por que os jovens acham bonito ser feio? Fazem questão de dizer que bebem, que fumam, como se fosse um grande mérito...

Por que as pessoas que se julgam religiosas se acham mais “importantes” que as outras? No metrô, sentam-se nos lugares reservados a idosos e ficam lendo a Bíblia, ignorando completamente os “donos” daquele assento...

Por que os “Sem-Filhos” (Chatos! Chatos! Rsrs) são tão exigentes com crianças e os pais nunca enxergam a “ranhetice” de seus filhos?

Por que nunca respeitamos a opinião do outro? Respeitar é uma coisa; aceitar é outra!

Por que insistimos em colocar bonecos de neve e Papais Noéis com roupa de frio nas nossas casas se no Natal nosso clima é o mais quente do ano?

Por que achamos tudo que é “importado” é melhor?

Se achamos a Europa melhor do que o Brasil, por que não vamos pra lá de vez?

Se a frente de nossa casa tem só 3 metros, porque insistimos em ter um carro de 5m, que não cabe na nossa garagem e ainda atrapalha os vizinhos?

Por que damos um presente de R$ 100,00 para nosso filho (muitas vezes fora de datas especiais) mas não temos coragem de dar o mesmo valor no final de ano para nossa funcionária como agradecimento aos bons serviços?

Por que misturamos cerveja com vinho se sabemos que a dor de cabeça será de lascar?

Se alguém tiver alguma sugestão...

(e já vou avisando, Alberto: vê se para com essa mania de ficar criticando tudo! Se for pra criticar, nem escreva nada, OK?

Aliás, mais uma dúvida:

Se vc me acha tão ridícula, Alberto, pq vc não me esquece, hein?)

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Religião e Valores Espirituais Essenciais

Ontem recebemos alguns amigos aqui em casa e depois de muito bate-papo começamos a falar sobre religião.

E de uma forma muito civilizada, cada um de nós (éramos 7 adultos) começamos a expor nossos pontos de vista. É claro que cada um tem um modo de pensar, mas o que mais me chamou a atenção foi o respeito e a liberdade de cada um! Falamos, debatemos, conversamos, mas em nenhum momento um quis convencer o outro, ou se ofendeu... Tão bacana!

E aí eu lembrei de alguns trechos do livro”A arte da Felicidade” (Dalai-Lama e Howard C. Cutler, traduzido por Waldéa Barcellos):

“... Como sou monge budista, considero o budismo o mais conveniente. Para mim, concluí que o budismo é o melhor. Mas isso não significa que o budismo seja o melhor para todo o mundo. Isto está claro. E é categórico. Se eu acreditasse que o budismo era o melhor para todos, seria uma tolice, porque pessoas diferentes têm disposições mentais diferentes. Portanto, a variedade das pessoas exige uma variedade de religiões. O objetivo da religião é beneficiar as pessoas. E eu creio que, se tivéssemos apenas uma religião, depois de algum tempo ela deixaria de beneficiar muita gente. Se tivéssemos um restaurante, por exemplo, e nele só fosse servido um prato - dia após dia, em todas as refeições - não lhe restariam muitos fregueses depois de algum tempo. As pessoas precisam e gostam de variedade na comida porque existem muitos paladares diferentes. Do mesmo modo, as religiões destinam-se a nutrir o espírito humano”.

"Todas essas religiões podem fazer uma contribuição efetiva para o bem da humanidade. Todas foram projetadas para tornar o indivíduo mais feliz; e o mundo, um lugar melhor. No entanto, para que a religião tenha um impacto em tornar o mundo um lugar melhor, creio ser importante que cada praticante siga sinceramente os ensinamentos daquela religião. Ele precisa incorporar os ensinamentos religiosos à sua vida, onde quer que se encontre, para poder recorrer a eles como uma fonte de força interior. E é preciso adquirir uma compreensão mais profunda das idéias da religião, não apenas num nível intelectual mas com uma profundidade de sentimento, tornando-as parte da nossa experiência interior.Creio que deveria ser cultivado um profundo respeito por todas as diferentes tradições religiosas.”

"Acredito que há muitas razões similares para respeitar outras tradições religiosas também. Naturalmente, todas as religiões importantes proporcionaram enorme benefício a milhões de seres humanos ao longo de muitos séculos no passado. E, mesmo neste exato momento, milhões de pessoas ainda se beneficiam, obtêm algum tipo de inspiração, dessas diferentes tradições religiosas. Isso está claro. Também no futuro essas diferentes tradições religiosas oferecerão inspiração a milhões nas gerações que estão por vir. Essa é a verdade. Portanto, é importantíssimo perceber essa realidade e respeitar outras tradições."

"Não deveríamos restringir nosso entendimento da prática espiritual a termos de algumas atividades físicas ou atividades verbais, como recitar orações ou cantar hinos. Se nossa noção da prática espiritual se limitar apenas a essas atividades, naturalmente, vamos precisar de uma hora específica, um período marcado para realizar essa prática - porque não podemos sair por aí cumprindo as tarefas do dia-a-dia, como cozinhar entre outras, enquanto recitamos mantras. Isso poderia ser perfeitamente irritante para as pessoas ao nosso redor. No entanto, se entendermos a prática espiritual no seu sentido verdadeiro, poderemos usar todas as vinte e quatro horas do dia para nossa prática. A verdadeira espiritualidade é uma atitude mental que se pode praticar a qualquer hora."

"Cada uma das principais tradições religiosas do mundo pode oferecer as mesmas oportunidades para ajudar a pessoa a alcançar uma vida mais feliz. O poder da fé, gerada em enorme escala por essas tradições religiosas, está entremeado na vida de milhões.O mundo está cheio de exemplos semelhantes de como a fé religiosa proporciona ajuda concreta em tempos difíceis.Estudos revelaram que a fé não só é um indicador de que as pessoas vão relatar sentimentos de bem-estar, mas também que uma forte fé religiosa parece ajudar indivíduos a lidar com maior eficácia com questões tais como o envelhecimento, a atitude diante de crises pessoais e acontecimentos traumáticos."

"Apesar de todos esses benefícios em potencial estarem disponíveis para aqueles que resolvam praticar os ensinamentos de uma religião estabelecida, está claro que ter uma crença religiosa por si só não é nenhuma garantia de felicidade e paz."

"Se acreditarmos em qualquer religião, isso é bom. Porém, mesmo sem uma crença religiosa, ainda podemos nos arranjar. Em alguns casos, podemos nos sair ainda melhor. Mas esse é nosso próprio direito individual. Se quisermos acreditar, ótimo! Se não quisermos, tudo bem. É que existe um outro nível de espiritualidade. É o que chamo de espiritualidade básica - qualidades humanas fundamentais de bondade, benevolência, compaixão, interesse pelo outro. Quer sejamos crentes, quer não sejamos, esse tipo de espiritualidade é essencial”.

Esses trechos do livro traduzem muito do que eu penso em termos de religiosidade. Se aprendêssemos a realmente ter fé ao invés de freqüentar uma igreja simplesmente;

ou se pelo menos aprendêssemos a respeitar os outros, já seria maravilhoso!

E ontem tive provas de que existem pessoas assim! E são meus amigos! Que bom!

Beijão a todos!

quarta-feira, 31 de março de 2010

Faça alguma coisa!

Tentei por 3 vezes postar a música do Lenine ("Do it!"), mas acho que essse blog tá meio doido!

É aquela música que diz: "Tá cansada, senta! Se acredita, tenta! Se tá frio, esquenta! Se tá fora, entra! Se pediu, aguenta!"

Quem não conhece ou não tá lembrando agora deveria ouvir a música... é bem direta!

E dá o recado: faça alguma coisa! Mude a situação!

E eu tô precisando urgentemente passar num concurso!!!!

E o feriadão? Muito trabalho! Pra quem não tava acostumado... é chato, viu?

Beijão pra todo mundo e Feliz Páscoa!



quarta-feira, 10 de março de 2010

Ainda no assunto das "máscaras sociais"

"Para todos nós - mas talvez principalmente para aqueles que vivem em ambientes urbanos complexos -, as máscaras sociais são um acessório indispensável em nosso guarda-roupa emocional. Na verdade, as pessoas incapazes de mascarar seus "verdadeiros" sentimentos costumam ser vistas (e com razão, diga-se de passagem) como imaturas, mentalmente desequilibradas, ou ambas as coisas.
Considere, por exemplo, o caso de dois convidados para jantar em que a anfitriã, sem saber, serve o prato de que menos gostam. Um revela seus verdadeiros sentimentos e pede um sanduíche sem fazer a menor cerimônia. O segundo mascara esses sentimentos e vai corajosamente em frente - senão com prazer, ao menos com espírito esportivo - até a refeição terminar. Se fosse eu quem estivesse dando o jantar, saberia quem convidar novamente (o fingimento, quando acontece, já pode ser uma recompensa). O que quero dizer é que as boas maneiras têm pouco a ver com a honestidade. (grifo meu) E o mesmo se pode dizer de formas mais complexas de comportamento social aceitável. Por isso, todo ser humano maduro é um verdadeiro virtuose na arte da falsidade.
Graças a Deus. Em um grau muito considerável, o que chamamos de autocontrole depende de nossa capacidade de "mascarar", de negar e reprimir o que vivenciamos, de falsear a realidade, inclusive para nós mesmos.
Embora profundamente mal-entendido nesse ponto, foi Freud quem observou os múltiplos dividendos que essa repressão pode nos dar. Nossa intimidade com as máscaras, dizia ele, possibilitou o surgimento da própria infra-estrutura de nossa vida coletiva, que ele chama de "civilização". É difícil discordar desse ponto de vista. A capacidade de fingimento emocional, de fazer de conta, de construir máscaras apropriadas às situações talvez seja nossa vantagem evolutiva mais duradoura. E também nossa maior maldição."

Esse é um trecho do livro de Susan Maushart, "A Máscara da Maternidade - Por que fingimos que ser mãe não muda nada". Transcrevi-o porque achei que tinha muito a ver com o texto anterior (Falsidade faz parte). E tem tudo a ver com a realidade!

Abração pra todos que seguem o blog!

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Falsidade faz parte!

O texto abaixo foi retirado de uma comunidade de Orkut com o título "Falsidade faz parte", cuja dona é Marina Teixeira (o texto provavelmente é dela):

"É engraçado como as pessoas têm medo de dizer que são falsas e tomam isso como ofensa. Acontece que aquelas que assumem que são falsas são, de fato, as mais verdadeiras.

Ao assumir a falsidade, NÃO a estamos tomando como um estilo de vida, e sim admitindo que ela existe e que é necessária, às vezes. E mais, existe uma enorme diferença entre ser mau e ser falso. Nem todas as mentiras são utilizadas com intuito de prejudicar o outro.

Interessante é que se eu sou falsa e digo que sou falsa, isso pode ser uma falsidade.

Chega desse blá blá blá de encher a boca pra dizer "eu odeio falsidade". O que mais vejo por aí hoje em dia é gente que prega esse tipo de filosofia e não a pratica de fato. "

O QUE EU ACHO:
Sempre achei interessante que as pessoas colocam no seu perfil de Orkut que "odeiam falsidade", "não suportam falsidade" etc. Mas o que é ser falso?

Admita: 1) quando você vê um bebê, SEMPRE diz - pra quem estiver com ele - que é o bebezinho mais lindo e mais fofo, não é? (mesmo que às vezes o bebezinho não seja tão lindo assim...rsrsrs)
2) quando você encontra sua amiga que acabou de "detonar" o cabelo depois de uma escova progressiva mal feita, você diz pra ela "Nossa! Quem acabou com o seu cabelo?" ou finge que ficou ótimo? Ou não fala nada, mas pensa que nunca irá fazer qualquer coisa naquele salão?
3) Quando você encontra aquele seu amigo com um baita mau-hálito, você diz pra ele "Nossa, que bafo de gambá!!" ???
4) Quando você ouve alguém falar mal de outra pessoa, sabendo que quem está falando faz pior do que a vítima da ofensa, você fala "Olha quem está falando..." ???
5) Quando você encontra alguém que não tolera muito, é franco/a o suficiente pra dizer: "Você é um porre, hein?" ??
6) Vai me dizer que todo recadinho de "Parabéns" que você manda no Orkut é sincero, de coração???
7) Vai me dizer que os agradecimentos pelos presentes que você detestou foram verdadeiros?

Seja lá qual for a sua resposta a essas perguntas, de uma coisa eu tenho certeza: se você não é "falso", provavelmente é considerado um "chato"!!!! Porque se você diz tudo o que você realmente pensa, as pessoas devem fugir de você!!!! rsrsrsrs

Então, da próxima vez que for levantar a bandeira da "Não-falsidade", pense bem!
Ninguém consegue ser verdadeiro o tempo todo...
E há certas "falsidades" que são vitais pra convivência social! Pense nisso!

"Falsidade": se for para o bem, que mal tem?

Bom Carnaval pra todo mundo!




terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Socorro! Sou funcionária pública!!!


Acho que a foto ilustra bem o porquê do meu sumiço neste Blog.

De qualquer forma, pra quem não acredita que funcionário público trabalha, aí está a foto que demonstra tudo: São mais de 230 mandados, e alguns já estão com o prazo - de 30 dias - pra vencer!
Levando-se em conta que alguns mandados têm mais de um endereço, são mais de 250 "diligências"... Será que darei conta do recado???

Beijão pra todo mundo!!!


quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

O BRASIL TEM JEITO OU TEM "JEITINHO"?

Em primeiro lugar, quero desejar um feliz 2010 a todas as pessoas que acompanham este blog!!!

Demorei pra postar porque o final e o início de cada ano são capazes de nos enlouquecer... é tanta correria e tanto imposto (I.R., I.P.T.U, I.P.V.A.), que quando nos damos conta já estamos quse em fevereiro!

Mas vamos ao que interessa: achei o texto interessante e publico-o para análise de meus amigos:

Ser humano é egoísta e “jeitinho” não é só brasileiro, diz jurista

Entrevista com Ruben de Azevedo Quaresma, jurista e fiscal de rendas

Publicado em 01/09/2008

O ser humano é egoísta e avança sobre o direito dos seus semelhante para satisfazer suas necessidades. A frase forte é de Ruben de Azevedo Quaresma, fiscal de rendas no Rio de Janeiro e autor do livro Ética, Direito e Cidadania – Brasil sociopolítico e jurídico atual (Juruá Editora). A obra foi lançada em Curitiba no último dia 27, na loja das Livrarias Curitiba no Shopping Estação.

O jurista escreveu o livro durante o mestrado em Direito Tributário, instigando o debate sobre temas em discussão nacional, como corrupção, o jeitinho brasileiro e o papel de instituições, como família e igreja, na formação do cidadão.

O Brasil tem jeito ou o Brasil tem jeitinho?

Ouço muito falar do jeitinho, principalmente depois que o Gerson (jogador de futebol tricampeão pelo Brasil na Copa de 70) disse que o brasileiro gosta de levar vantagem em tudo, por isso deveria escolher o cigarro que ele indicava. O meu livro aborda esta situação, o jeitinho brasileiro, que não é bem um jeitinho do nosso povo, mas do ser humano. Mas o Brasil tem jeito sim. Existem instituições de muito respeito, como as Forças Armadas, a família, as igrejas – católica e evangélicas – e a Maçonaria, que ensinam os princípios de ética, direito e cidadania. Mas o importante é que a ética, o direito e a cidadania comecem dentro de cada um. A coletividade, a sociedade, o Brasil, tudo isso é a soma de cada parceiro social – cidadão. Então, a sociedade nunca é melhor que o cidadão. O todo nunca é melhor que a parte, ele é a composição da parte. Por isso a sociedade precisa continuar repudiando atitudes condenáveis, como o uso de cartões corporativos mal-empregados, o mensalão, a violência. É muito importante que a sociedade esteja atenta a isso. Não adianta condenar os outros – os políticos, maus juízes, maus fiscais, maus policiais – se cada um não procurar corrigir a si próprio. A ética começa dentro de nós.

Por que as pessoas costumam cobrar ética dos outros, e para si só buscam direito e cidadania?

Porque, em princípio, o ser humano é egoísta. Para satisfazer as suas necessidades, ambições e paixões, ele avança no direito dos demais. É preciso que as pessoas que são boas e que têm ética, direito e cidadania não se acovardem. Ninguém pode ter vergonha de ser honesto. É preciso mostrar e comentar a honestidade.

O que o senhor considera mais grave: sonegar impostos, estacionar o carro na vaga de um deficiente físico, cobrar juros abusivos ou assaltar um banco?

Para mim, todos os crimes são condenáveis. As penas variam de acordo com o conceito que o legislador teve da forma de criminalidade, e como a situação é criminalizada perante a lei. Mas todo crime e toda infração precisam ser combatidos. Tudo que está contra lei deve ser condenado e deve ser combatido. No entanto, o mais importante é o cidadão ter a sua ética, direito e cidadania, e defender esses princípios, continuando a executá-los e cobrando dos demais. Não sou favorável a uma caça às bruxas, mas a um sistema educacional bem colocado, bem posicionado, para que todas as pessoas possam ouvir aquilo que já ouviram quando crianças, e possam colocar em prática a ética, o direito e a cidadania. São princípios fundamentais para se ter uma sociedade civilizada.

A prática do nepotismo no serviço público (empregar parentes) é algo condenável no campo da ética?

Sim. Cada governante procura ter ao seu lado pessoas de confiança, para que ela possa executar bem as funções que lhe são atribuídas pelo eleitor. Mas considero que o governante não deve escolher para os cargos de confiança somente os familiares. Pelo contrário, ele deve evitar contratar parentes para que a população não sinta que o governo está fazendo do patrimônio público, patrimônio particular. Mas é preciso respeitar a presença de pessoas de confiança no governo.

Qual é a nota que o senhor atribui à ética dos políticos brasileiros?

Eles merecem a nota mínima possível. Por exemplo, se for quatro, eles estão abaixo disto, porque os governos não estão cumprindo as suas obrigações. Hoje a mídia e a internet estão divulgando mais os problemas governamentais, mostrando que há muita coisa a ser consertada.

O cidadão deve tomar que tipo de cuidado na eleição que se aproxima?

Vale a pena votar numa pessoa simpática, bonita, homem ou mulher, que saiba falar bonito? Ou então que coloque as crianças no colo, abrace as pessoas na rua, cumprimente todo mundo. Ou aquele candidato que distribua dentaduras, muletas, cadeira de rodas, e não se saiba a origem do dinheiro que ele está gastando? Parece que não. E depois, o que o candidato vai fazer? Possivelmente será proprietário do seu cargo, sem nenhum compromisso com o eleitor e a população. Então, é preciso votar nos honestos, com capacidade administrativa, para se ter nos quatro anos o governo que a gente quer. Além disso, é preciso cobrar do governo, porque se deixar do jeito que eles querem, a situação vai ficar como está.

Como o senhor avalia a Justiça brasileira?

Ela precisa cumprir algo que está na Constituição: celeridade e seriedade. Há processos que demoram anos. Há seis meses li no jornal sobre a decisão de um processo que tinha 94 anos – estava na terceira geração. Isto não pode acontecer. Sejam os crimes do colarinho-branco, os processos contra os político com ficha suja, tudo deve ser julgado com celeridade. Se existe a necessidade de ter mais juízes, é preciso tê-los. O que não pode é demorar para julgar processos – anos e anos. Muitas vezes, um crime de repercussão (caso Isabella) precisa ser julgado rapidamente, porque a sociedade precisa saber que as instituições estão funcionando neste país.

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