terça-feira, 28 de abril de 2009

28 de abril: Dia da Sogra!




Reservou-se às sogras o dia 28 de abril. Quase ninguém sabe dessa data e muito menos comemora, afinal, a sogra é o ser mais injustiçado do mundo.




Existem milhares de piadinhas sobre elas e - se não na totalidade - 90% delas fazem da sogra uma bruxa. A sogra é tratada como vilã, como xereta, como bisbilhoteira, como mandona etc.




Mas hoje vou partir para a defesa delas!




É preciso lembrar que antes de ser "a sogra" ela foi "a mãe"! Isso faz toda a diferença. E muitas vezes explica o fato do filho/da filha partir em defesa dela... Afinal, MÃE é coisa sagrada! (com raras exceções).




O estranho ocorre quando o filho/a filha parte em defesa do cônjuge!... Aí só há duas explicações: ou a sogra realmente passou dos limites, ou o filho/a é um ser muito ingrato!




Vamos voltar ao "x" da questão - toda sogra necessariamente é mãe! Então vamos partir do começo:




Quando nasce um bebê, mamãe e papai se desdobram para cuidar do rebentinho: são horas e horas de dedicação, de carinho, de cuidados: alimentação, higiene, educação, cuidados com a saúde... E o filhotinho cresce forte e feliz. Aí, num dia qualquer, a filhinha/o filhinho conhece o filhinho/a filhinha de alguém e começam a se engraçar... e a mamãe começa a ficar de lado...




(abro um parênteses aqui pra falar que achei muito bonitinha uma frase que vi no Orkut de uma mamãe... estava escrito algo assim "Eu sou a pessoa mais importante da vida do 'fulano', pelo menos por enquanto...")




Passa-se mais um tempo e os dois (o filho da mãe com a filha de outra mãe) resolvem se casar. E aí começa a encrenca. Geralmente, é claro, a coisa se dá entre nora e sogra (entre genro e sogra é mais difícil), afinal, agora nora e sogra são "concorrentes": a nora assume o papel da mãe, pois é ela que vai cozinhar, cuidar, administrar o novo lar do "filhinho da mãe".




Aí, quando a sogra diz: "O 'Gê' adora frango ensopado", a nora já se acha no dever de fazer o melhor frango ensopado do mundo, afinal, se o 'Gê' gosta, ela fará (e melhor do que o da "D. Jararaca" - sim, a "D. Fulana de Tal" de uma hora pra outra vira "D. Jararaca"...)




Não seria mais simples se a nora deixasse de lado o orgulho e fosse comer o tal frango ensopado na casa da sogra, de vez em quando? Deixaria a sogra feliz e não precisaria cozinhar!!!...




Mas se você quer ver a coisa "pegar fogo" mesmo, espere o nascimento do neto da sogra!


Se a sogra quer ver o bebê a toda hora, é uma intrometida; se quase não o vê, é uma avó ausente... Mas com a avó materna é diferente: essa sim, sabe dar palpites certos, é uma avó carinhosa - sempre presente; ou é uma avó "sem tempo" para ficar com o netinho...coitada!




Há uma nítida diferença por parte das mulheres em aceitar os conselhos da sogra, mas os da mãe sempre são bem-vindos. Isso é até natural; mesmo porque com nossa mãe temos mais liberdade para falar quando é hora de parar. E por que não transformar a sogra numa segunda mãe, então??




Lendo essas bobagens você enxergou alguém da sua família? Ou enxergou a si mesmo?




Se você já tem filhos, lembre-se de que você provavelmente também será sogra um dia! Como gostaria de ser tratada?




Minha mãe sempre me dizia: "Trate bem a sua sogra; ela é mãe do seu marido!" Talvez seja por isso que eu me dê bem com a minha. É claro que já passei pela fase da "concorrência", e hoje rimos juntas das diferenças que tivemos.




A partir de hoje, pense nisso:




- Ela liga demais? Talvez tenha batido uma carência... (sua mãe não te liga também?)




- Ela quase não liga? Será que não foi você que a afastou?




- Ela quer fazer o "frango ensopado" pro 'Gê' ? Deixe que faça! Elogie também e faça parte da mesa!




- Ela mima demais os seus filhos? E que avó não mima? Isso, aliás, é função delas!




E caso esteja ultrapassando "um pouquinho" os limites, nada como uma conversa franca, mas amigável.




Se estiver lendo este texto e ainda for tempo, dê uma ligadinha pra sogra hoje... ela vai ficar feliz! Se não houver tempo, anote na agenda pra não esquecer no próximo ano: Dia 28 de abril é Dia da Sogra!

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Palavras ao vento (Pedro Bial)


Esse texto está no CD "Filtro Solar", organizado por Pedro Bial.

Achei-o bem interessante...


PALAVRAS AO VENTO


A: primeira letra do alfabeto, é também a primeira letra da palavra “amor” (e se acha importantíssima por isso!). Com A se escreve "arrependimento", que é uma inútil vontade de pedir ao tempo para voltar atrás. Com A se dá o tipo de tchau mais triste que existe: "adeus"... Ah, é com A que se faz "abracadabra", palavra que se diz capaz de transformar sapo em príncipe e vice-versa...


Com B se diz "belo" - que é tudo que faz os olhos pensarem ser coração; e se dá a "bênção", um sim que pretende dar sorte.


Com C: "calendário" (que é onde moram os dias) e o "carnaval"-esta oportunidade praticamente obrigatória de ser feliz com data marcada."Civilizado" é quem já aprendeu a cantar ´parabéns pra você` e sabe o que é "contrato": você isso, eu aquilo, com assinatura embaixo.


Com D se chega à "dedução": o caminho entre o "se" e o"então"... Com D começa "defeito"- que é cada pedacinho que falta para se chegar à perfeição- e se pede "desculpa", uma palavra que pretende ser beijo.


E tem o E de "efêmero" - quando o eterno passa logo -; de "escuridão" - que é o resto da noite, se alguém recortar as estrelas- e "emoção", um tango que ainda não foi feito. E tem também "eba! ", uma forma de agradecimento muito utilizada porquem ganhou um pirulito, por exemplo...


F é para "fantasia" - qualquer tipo de "já pensou se fosse assim?"-; "fábula" (uma história que poderia ter acontecido de verdade, se a verdade fosse um pouco mais maluca); e "", que é toda certeza que dispensa provas.


A sétima letra do alfabeto é G, que fica irritadíssima quando a confundem com o J.
G de "grade", que serve para prender todo mundo - uns dentro, outros fora; G de "goleiro", alguém em quem se pode botar a culpa do gol; G de "gente": carne, osso, alma e sentimento, tudo isso ao mesmo tempo.


Depois vem o H de "história": quando todas as palavras do dicionário ficam à disposição de quem quiser contar qualquer coisa que tenha acontecido ou sido inventada.


O I de "idade": aquilo que você tem certeza que vai ganhar de aniversário, queira ou não queira.


J de "janela” (por onde entra tudo que é lá de fora) e de "jasmim",que tem a sorte de ser flor e ainda tem a graça de se chamar assim.


L de "", onde a gente fica pensando se está melhor ou pior do que aqui; de "lágrima", sumo que sai pelos olhos quando se espreme o coração, e de "loucura", coisa que quem não tem só pode ser completamente louco.


M de "madrugada", onde vivem os sonhos...


N de "noiva": moça que geralmente usa branco por fora e vermelho por dentro.


O de "óbvio", não precisa explicar...


P de "pecado", algo que os homens inventaram e então inventaram que foi Deus que inventou.


Q, tudo que tem um "não-sei-quê de não-sei-quê".


E R, de "rebolar", que é o que se tem que fazer pra chegar lá...


S é de "sagrado" - tudo o que combina com uma cantata de Bach-; de"segredo" (aquilo que você está louco pra contar); de "sexo":quando o beijo é maior que a boca...


T é de "talvez": resposta pior do que ´não`, uma vez que ainda deixa, meio bamba, uma esperança... ; de "tanto": um muito que até ficou tonto; de "testemunha": quem por sorte ou por azar não estava em outro lugar.


U de "ui", um “ai" que ainda é arrepio; de "último", que anuncia o começo de outra coisa; e de "único": tudo que, pela facilidade de virar nenhum, pede cuidado.


Vem o V, de "vazio" (um termo injusto com a palavra "nada"); de"volúvel":uma pessoa que ora quer o que quer, ora quer o que querem que ela queira.


E chegamos ao X, uma incógnita... X de "xingamento", que é uma palavra ou frase destinada a acabar com a alegria de alguém; e de "": única palavra do dicionário das aves traduzida para o português.


Z é a última letra do alfabeto, que alcançou a glória quando foi usada pelo Zorro... Z de "zaga", algo que serve para o goleiro não se sentir o único culpado; de "zebra"- quando você esperava liso e veio listrado-; e de "zíper"(fecho que precisa de um bom motivo pra ser aberto) e de "zureta", que é como fica a cabeça da gente ao final de um dicionário inteiro!!

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Só de sacanagem (texto de Elisa Lucinda)


(Atenção, leitores do meu blog! O texto não é meu, mas de Elisa Lucinda! Não queiram me chamar de utópica...)





Meu coração está aos pulos! Quantas vezes minha esperança será posta à prova? Tudo isso que está aí no ar: malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro - do meu dinheiro, do nosso dinheiro - que reservamos duramente para educar os meninos mais pobres que nós; para cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais! Esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade - e eu não posso mais.


Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?

É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o aprendiz. Mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.
Meu coração tá no escuro. A luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e dos justos que os precederam: “Não roubarás”; “Devolva o lápis do coleguinha”; “Esse apontador não é seu, minha filha”.


Pois bem! Se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda vou ficar! Só de sacanagem!

Dirão: “Deixa de ser boba! Desde Cabral que aqui todo mundo rouba!” E eu vou dizer: “Não importa! Será esse o meu carnaval. Vou confiar mais e outra vez - eu, meu irmão, meu filho e meus amigos - Vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau!".


Dirão: “É inútil, todo mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal”.

E eu direi: “Não admito, minha esperança é imortal”. E eu repito: “Ouviram? IMORTAL!”


Sei que não dá para mudar o começo; mas, se a gente quiser, vai dar para mudar o final!

quinta-feira, 2 de abril de 2009

2 de abril: Dia Mundial do Livro Infantil


Fiquei sabendo que hoje é o Dia Mundial do Livro Infantil. Isso me motivou a escrever no blog.




Não é difícil perceber que as crianças de hoje escrevem muito mal: basta entrar em qualquer perfil de adolescente no site de relacionamentos "Orkut" para comprovar a banalização da língua pátria. Isso deve-se, em grande parte, pela falta de leitura.




O hábito de leitura deve ser incentivado logo nos primeiros anos. É o que dizem os especialistas em educação. Mas seja sincero: você conhece alguma criança que GOSTA de ler?




Até dá pra entender o "asco" que muitas pessoas têm pela leitura, até porque a grande maioria na minha faixa etária (30- 40 anos) foi realmente OBRIGADA a ler na escola. Haviam livros obrigatórios, e era preciso responder a algumas perguntas ao final da leitura, a fim de que o professor se certificasse que realmente os tínhamos lido. O fato é que muitas vezes pegávamos o resumo do livro com alguém, o que era "quase" suficiente para tirar uma nota ótima...




A verdade é que nós também tínhamos preguiça ou falta de hábito, mas como éramos obrigados... líamos!




Não há como negar que a leitura afeta sensivelmente nossa escrita. Pessoas que escrevem mal certamente leem pouco. E diante disso, inventam novas regras (e essas sim, fazem muito sucesso entre a molecada). E vemos então: "eh" ao invés de "é"; "naum" ao invés de "não"; "fala" ao invés de "falaR" (essa parte de verbos é muito complicada, pois exige um grande esforço pra entender o que o garoto/a garota quer dizer - digo isso por mim, mas eles se entendem perfeitamente!).




E a justificativa deles (os adolescentes) é que esta nova regra - o internetês- é muito mais simples! E dizem também que só usam essa linguagem na internet... Será?


Será que ao escrever uma redação no vestibular eles saberão escrever corretamente os verbos, acentuar corretamente as palavras, grafar corretamente as palavras?? Sinceramente, não acredito.




Meu professor de Língua Portuguesa no Curso Preparatório para a carreira jurídica dizia-nos sempre: "Habitue-se a escrever corretamente SEMPRE, mesmo em bilhetes informais, pois isso facilitará sua vida... Fará com que você se habitue a escrever de forma correta, evitando dúvidas na hora da prova". E eu acho que ele está certo.




Felizmente estamos em constante evolução; podemos trocar de emprego, almejar cargos melhores, cursar boas universidades... mas isso só ocorrerá para aqueles que se preocuparem com a língua culta. Quem escreve em "internetês" não terá chance.




Assim, no Dia Mundial do Livro Infantil, faço um apelo a pais, tios e mestres: vamos incentivar os pequenos à leitura! E se o incentivo não der resultado, vamos "pegar no pé" mesmo! É o melhor que podemos fazer por eles!




Provérbios 22:6 diz: "Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele."








quarta-feira, 1 de abril de 2009

DIA DA MENTIRA

Dia da mentira

(Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre)


Há muitas explicações para o 1 de abril ter se transformado no Dia da Mentira ou Dia dos Bobos. Uma delas diz que a brincadeira surgiu na França. Desde o começo do século XVI, o Ano Novo era festejado no dia 25 de Março, data que marcava a chegada da primavera. As festas duravam uma semana e terminavam no dia 1 de abril.
Em 1564, depois da adoção do calendário gregoriano, o rei Carlos IX de França determinou que o ano novo seria comemorado no dia 1 de janeiro. Alguns franceses resistiram à mudança e continuaram a seguir o calendário antigo, pelo qual o ano iniciaria em 1 de abril. Gozadores passaram então a ridicularizá-los, a enviar presentes esquisitos e convites para festas que não existiam. Essas brincadeiras ficaram conhecidas como "plaisanteries".
Em países de língua inglesa o dia da mentira costuma ser conhecido como "April Fool's Day" ( ou Dia dos Tolos), na Itália e na França ele é chamado respectivamente "pesce d'aprile" e "poisson d'avril", o que significa literalmente "peixe de abril".
No Brasil, o 1º de abril começou a ser difundido em Pernambuco, onde circulou "A Mentira", um periódico de vida efêmera, lançado em 1º de abril de 1848, com a notícia do falecimento de Dom Pedro, desmentida no dia seguinte. "A Mentira" saiu pela última vez em 14 de setembro de 1849, convocando todos os credores para um acerto de contas no dia 1º de abril do ano seguinte, dando como referência um local inexistente.

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