quinta-feira, 28 de outubro de 2010

28 de outubro: Dia do Funcionário Público


Hoje é o dia dedicado ao Funcionário Público.

Segundo definição da Wikipédia: "funcionário público é todo aquele que mantém um vínculo empregatício com o Estado, e seu pagamento provém da arrecadação pública de impostos, sendo sua atividade chamada de "Típica de Estado". Geralmente é originário de concurso público, pois é defensor do setor público."

Muitas vezes tenho vergonha de ser funcionária pública. A fama atribuída ao nosso cargo nem sempre é exagerada: funcionários mal-humorados, muitas vezes despreparados (concurso público nem sempre escolhe o MELHOR para a função), mal acostumados... (Perdoem-me os que não se encaixam nesta definição, mas temos que encarar a realidade.)

Por ser uma função pública, é como "não ter chefe"... O seu chefe fica distante, a quilômetros de distância, e nem sabe que você existe (teoricamente). Aí o funcionário se vê no direito de extravasar sua indignação: acha que pode tudo, quer usufruir todos os seus direitos, quer usar todos os artifícios, quer levar vantagem em tudo. Como não há um chefe pra me "podar" (teoricamente), tiro férias, licenças, abonadas, e tudo o que tiver direito.

E aí começa a bola de neve... Pensando estar se "vingando" do Estado, que lhe paga pouco, acaba por lesar seus colegas, que ficarão sobrecarregados com o serviço extra... e também vão querer tirar suas licenças, férias, abonadas etc. E aí começa a confusão: "Se Fulano tirou, também posso"; "Se não assinarem minhas férias, vou direto ao Tribunal", e por aí vai. E quem não usufrui de suas férias, fica com o serviço... E fica estressado, mal-humorado, e desconta tudo em quem? Em quem não tem nada a ver com isso!

O fato mais relevante nessa função é isso: o funcionário público não se enxerga como empregado do povo, do público em geral... Ele é funcionário do Estado, do "Governo", da "Prefeitura". E enxerga esse seu patrão como um carrasco, que lhe paga mal, lhe "suga" ao máximo. Aí, achando estar "ludibriando" seu patrão, lesa os colegas. É por isso que funcionário público é tão desunido! Não se enxergam como um grupo!

O que mais ouço é o seguinte: "Tirar férias é meu DIREITO; se não há funcionários suficientes, o Estado que se vire!" (como se houvesse alguém, no Estado, preocupado com isso...).

Então, na próxima vez que for atendido por um funcionário público estressado, tente entendê-lo: ele se acha sempre lesado; muitas vezes tem que fazer o serviço de outro (que está usufruindo de seus direitos); muitas vezes é mal-preparado e muitas vezes está naquela função por falta de opção mesmo... Mas é uma boa pessoa, pode acreditar!

Feliz Dia do Funcionário Público!



domingo, 24 de outubro de 2010

A bola da vez: O ABORTO

MAIS UM TEMA POLÊMICO: O ABORTO!

Como os seguidores do meu Blog já sabem, gosto de trazer à tona temas polêmicos... Não para provocar, nem para magoar... mas para conversarmos, para esmiuçarmos o tema, para ver como cada um defende a sua opinião.

E como o assunto do momento é o aborto...

Muito se tem discutido sobre o assunto, mas o que mais me incomoda é ver as pessoas falando asneiras, pessoas ditas “religiosas”, “cristãs” dizendo “Não vote em fulana... ela é a favor do aborto”. E outros, contestando: “Vamos votar em branco ou nulo, porque a mulher do candidato sicrano já abortou também”. E eu penso: “Epa! Espere aí! O que a fulana ou fulano REALMENTE dizem sobre o assunto? Eles dizem que apóiam a legalização do aborto, pura e simplesmente? Ou em determinados casos?

E aí os “cristãos” dizem “Não interessa; aborto é crime e pronto!”, “Interromper uma vida é sempre condenável!” Ah, tá...

O que as pessoas confundem demais é que “permissão” não significa “obrigação”. Uma coisa não tem nada a ver com a outra.

Se o cigarro é permitido, não significa que todos vão fumar...

Com a permissão de porte de armas, ninguém saiu por aí comprando armas pra ter em casa, saiu?

(Aliás, mesmo com a proibição, aqueles que querem fumar vão fazê-lo de qualquer jeito; e aqueles que se utilizam de armas para cometer crimes vão tê-las de qualquer jeito, com permissão ou não!)

Com o caso do aborto é a mesma coisa. Primeiramente precisamos analisar o que diz a lei. Hoje em dia, aborto é crime, mas há duas exceções: quando a gravidez causa risco de morte para a mãe e quando a gravidez foi resultado de estupro (ato sexual violento). Até aí todo mundo concorda? Ou os religiosos vão dizer que não pode também? (Tudo bem... se quiserem manter a gravidez, é um direito seu... ninguém vai te prender por isso!) Mas existe a PERMISSÃO, nestes casos. Você aborta, se quiser. E com respaldo da lei.

Mas o que vem sendo alvo de críticas é que a candidata a presidente disse que “aborto é tema de saúde pública”.

Não tive tempo de analisar exatamente o que ela disse, se ela explicou isso... sei lá ! (quando penso num tema, tenho que escrever rápido, pra não perder a adrenalina... rsrsrs)

Mas penso que o que ela quis dizer é que o aborto deveria ser reanalisado e que EM CASOS DE SAÚDE PÚBLICA (por exemplo: feto anencefálico), o aborto poderia ser realizado, sem que isso fosse crime.

E aí as pessoas condenam porque não acham certo, porque é um feto, é um ser vivo (respira, tem movimentos).

Segundo estatística realizada em 2008, a cada 3 horas nasce uma criança anencéfala no Brasil (isso eu pesquisei), ou seja: 8 bebês por dia. A anencefalia ocorre por volta do 24º dia de gestação. A gestante nem sabe ainda que está grávida. Quando ela descobre, não há mais o que se fazer.

Aproximadamente 75% dos fetos anencéfalos morrem no útero. Mas alguns têm sobrevida vegetativa que cessa, na maioria dos casos, em 24h ou nas primeiras semanas.

Em geral o diagnóstico é feito durante a ecografia, momento em que as mulheres buscam saber o sexo da criança. Quando constatado, o que ocorre é uma lenta e desesperada busca por tribunais para evitar que o feto alcance 500g ou 20 semanas de gestação e precise ser enterrado. “É uma experiência de tortura” – dizem as mulheres que já passaram por isso.

Imagine ter dentro de si um feto que na maioria das vezes foi planejado, querido, amado, e descobrir, após alguns meses, que ele não sobreviverá (há casos raríssimos em que os bebês chegaram a completar um ano, mas com vida totalmente vegetativa).

Imagine a tortura de saber que tem o bebê, ver sua barriga crescendo, mas não poder comprar uma peça de enxoval, porque a criança não vai se desenvolver!

O médico José Aristodemo Pinotti chegou a dizer que a interrupção da gravidez em caso de anencefalia sequer poderia ser classificada como aborto, porque o feto anencefálico não tem potencialidade de vida.

Então, voltando a legalização ou não, ninguém está dizendo aqui que o aborto deve ser legalizado em qualquer situação, mas apenas em casos como este, onde praticamente não se pode falar em vida...

E o fato de ser legalizado não significa que ninguém será obrigado a abortar... Cada um sabe o que é melhor pra si.

A legalização, nestes casos específicos, propicia às mulheres que estão sofrendo um alívio que tem que ser buscado atualmente nos Tribunais (e que muitas vezes é negado). Com a legalização, estas mulheres poderiam realizar a cirurgia com amparo da lei; poderiam exercer esta opção, que hoje lhes é negada! Sem contar nas pessoas de renda social mais baixa, que já realizam seus abortos (em qualquer situação, e não só nos casos de anencefalia) em verdadeiros “açougues”.

Ou seja, sendo legalizado ou não, o aborto continuará sendo praticado... A diferença é que com a lei eles seriam praticados por pessoas capazes, em clínicas autorizadas, sem perigo para a vida da mãe.

O mesmo poderíamos dizer da legalização das drogas... O fato de se legalizar o uso já evitaria o tráfico, pois não haveria motivo pra traficar se as pessoas pudessem comprar essas tranqueiras na padaria (como fazem atualmente com o cigarro). E nem por isso nós, que não somos usuários, iríamos comprar... Mas isso é tema pra um outro dia!

E você, caro seguidor deste blog: o que pensa deste assunto?

Abraço a todos!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Para minhas amigas



Hoje é aniversário de uma grande amiga de infância... E aproveito pra fazer uma homenagem às grandes amigas que tive: Simone e Fabiola Denzin,Paula, Lucila (a aniversariante), Gleici, as irmãs Silvia, Sirlaine e Simone, Cris Zalk, Solange, Drica... e tantas outras: de escola, de trabalho, vizinhas, amigas não tão próximas...

Amigas de família, amigas que vão e vêm, provando que o tempo passa, mas certas coisas nunca mudam... E são amigas de vários tipos:
Aquela que só liga no dia do seu aniversário, e mesmo assim vc adora;
Aquela com quem vc andou de braço dado pra todo canto;
aquela que te critica a cada 5 minutos;
aquela que te dá bronca e manda parar de roer as unhas;
aquela que exige a sua atenção;
aquela de quem vc tem muito ciúme;
aquela que foi sua madrinha de casamento (ou vc foi madrinha dela);
aquela que era mais chegada, mas sumiu e vc nunca mais soube;
aquela que é uma irmã pra vc;
aquela que brincou de amarelinha, de casinha, de escolinha;
aquela que te metia em encrenca mas te fazia rir muito!
Amigas de longe, amigas de perto... cada qual com sua mania, sua marca registrada!
Saudades de vocês!



Organograma de qualquer "associação"

A mais pura realidade!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Revoltada com certas coisas!

Faz tempo que não passo por aqui e confesso que não sei o que escrever.

São tantas coisas que andam me revoltando...

Adoraria falar sobre "funcionário público", sobre "a moral conforme as circunstâncias" (já postei um texto da Danuza sobre isso), sobre "Tudo que é excesso, é enjoativo", sobre "A natureza primeira do ser humano", sobre "religiosidade e sentimento de superioridade" etc.

Mas só vou colocar uma frase. Só uma.

"Dependendo das circunstâncias, as pessoas são capazes de quebrar seus mais arraigados códigos éticos e praticar atos que passaram a vida condenando e que continuam condenando, se praticados por outro.

A qualquer momento, qualquer um pode virar ladrão, traidor, assassino, herói e até santo.

Vai depender apenas do momento – e das
circunstâncias.”

(Danuza Leão)



Então... antes de condenar alguém, pense se não faria a mesma coisa NAQUELAS CIRCUNSTÂNCIAS.

(Dependendo do lado em que você está, sua opinião muda... Pense nisso!)


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