segunda-feira, 31 de março de 2014

As mulheres bonitas e o estupro

Sempre ouvi dizer que a ocasião faz o ladrão.
Quando um sujeito quer roubar uma casa, ele fará de tudo para conseguir seu intento (tenha grade, cachorro, alarme... seja o que for). Mas para aquele "ladrãozinho" preguiçoso, que não quer muito trabalho, uma casa sem cachorro e com portão aberto já é uma grande oportunidade...
Penso o mesmo quanto ao polêmico assunto do estupro. Me perdoem meus amigos defensores das mulheres bonitas. Mas para um sujeito que está "à perigo", uma mulher com microssaia é um sinal verde... basta jogar no chão! Fica fácil demais...
Há cerca de dez anos estava dentro de um ônibus em São Caetano e vi, numa parada de semáforo, no carro ao lado, um sujeito que estava "à perigo" (vou poupá-los dos detalhes... cena horrível de se ver). Alguém aí acha que ele se interessaria por alguém de calça, ou mesmo de shorts? Acho improvável.
Não quero que me entendam mal... Não quero parecer a "gordinha recalcada"... kkkkk Tudo o que é bonito tem de ser mostrado sim; mas certas atitudes tornam a mulher "fácil" demais. Não há mais aquele suspense, aquela dificuldade... tudo está "à mão"... se é que me entendem. Como reclamar depois?
Pelo que li até agora, a defesa das mulheres alega que, se não houvesse ESTUPRADOR não haveria estupro: ou seja, a mulher jamais pode ser responsabilizada por essa violência. Concordo. Porém, desde que o mundo é mundo, sabemos que o desejo sexual existe, que os hormônios masculinos estão sempre "em polvorosa" (por que você acha que existe tanto remédio inibidor em manicômios?) e que a profissão mais antiga do mundo é a de prostituta - uma pessoa especializada em "acalmar os ânimos" dos homens mais necessitados... Ou seja: com hormônio não se brinca. Também não é CULPA do homem esse instinto voraz! É algo que todos têm... uns conseguem refreá-lo... outros, não. E aquele que não consegue refrear esse instinto, vai pegar a primeira presa fácil que aparecer...
E agora?
Resumindo: não é a sua roupa que vai fazer com que seja estuprada. Mas a ocasião faz o ladrão. Esquecer o portão aberto não fará com que você necessariamente seja assaltada; mas se o ladrãozinho passar por lá, preferirá a sua casa do que a do vizinho... pela facilidade.

quarta-feira, 12 de março de 2014

O problema do Brasil é o povo que vive nele

Todos os dias vejo postagens nas redes sociais falando mal do Brasil. 

E as pessoas que escrevem ou compartilham essas coisas são moradores daqui. Nem posso dizer que são brasileiros, porque eles mesmos dizem "os brasileiros são sem-educação", "os brasileiros são idiotas", "Brasil: um país de tolos"... e por aí vai. Ou seja: "os brasileiros são; eu estou fora dessa lista".

E na verdade é isso mesmo. O povo que vive aqui, como já escrevi em outra oportunidade, "se acha" estrangeiro. Dizem com a boca cheia "sou descendente de alemão", "sou descendente de italiano", "minha família é da região da Bavária" etc. Então, eles estão aqui de passagem. E acham o cúmulo ter que conviver com esse povo burro, mal-educado, sem-vergonha...

Quando leio essas coisas, me dá uma vontade enorme de dizer pro sujeito: "Volta pra tua terra, companheiro! Se lá é tão bom..." 

Hoje mesmo assisti a um vídeo de uma tal de Julia Jolie (ou algo parecido) onde ela relata, de forma exaltada, que morou um tempo nos Estados Unidos e lá as pessoas são educadas, dizem "I´m Sorry" a todo momento, cumprimentam os outros... e que aqui, "os brasileiros" são muito mal-educados, não pedem desculpa nunca, não saem da frente quando se pede licença, não cumprimentam... enfim, uma lástima! (Detalhe importante: ela mora no Rio de Janeiro.)

E ainda tem aquele vídeo famosíssimo da Carla Dauden, a cineasta que  vive em Los Angeles há cinco anos (onde fez faculdade de cinema), só foi ao Rio de Janeiro uma vez, nunca entrou numa favela e há 1 ano e meio não vem ao Brasil por motivos de estudo e burocracias de visto. Ela caprichou na produção de um vídeo (em língua inglesa) que fala mal do Brasil e sugere ao mundo que NÃO VENHA À COPA!

O fato é que não dá pra generalizar. Há gente boa no Brasil, na Alemanha, na Austrália, na Itália, no Japão... e há muita gente ruim nesses lugares também.
Dizer que criticar resolve o problema é muita cara-de-pau! 

Quando seu filho começa a dar trabalho pra estudar, pra trabalhar... você conversa, aconselha, luta pra dar certo, ou desce o cacete sem dó? Você tenta resolver com ele ou já sai gritando pelo mundo que seu filho não tem jeito? (ahhhh... mas aí tem o amor incondicional...)

Então, "estrangeiros"... vamos tomar jeito! Há duas opções: tentar resolver os problemas ou arrumar as malas e cair fora! Sem cuspir no prato em que comeu, OK?

Até!


segunda-feira, 10 de março de 2014

Fé - toda certeza que dispensa provas

O assunto de hoje é muito delicado. Certamente gera polêmica, discussão. Justamente por este motivo não compartilharei em nenhum lugar esta postagem: quem passar por aqui vai ler... quem não passar, ficará imune a esta opinião. Não tenho a intenção de convencer ninguém, muito menos desprezar a fé de ninguém. Apenas registro a minha opinião.

Coisa que sempre me intrigou foi a fé. A característica mais marcante de quem tem fé é a aceitação do resultado, seja ele qual for. A pessoa pede: se o resultado foi alcançado, graças e Deus; se não foi, graças também - pois Ele sabe o que faz.

Sendo assim, para os mais céticos, fica a questão: por que pedimos então? Se o resultado será dado pelo Criador, por que tentamos interferir?

A experiência nos mostra que, pedindo ou não... ajoelhando ou não... o resultado será o que Deus quiser! Ás vezes corresponde ao nosso pedido; outras vezes, não.

Num dos textos do CD "Filtro Solar", ouvi uma definição de fé que me marcou: "FÉ é toda certeza que dispensa provas." E não é isso mesmo? Quem tem fé não duvida, não questiona, não hesita. Confia e pronto! Não é necessário que se prove nada. Aceita-se.

Não nego que a fé é importante. Para alguns, aliás, ela é extremamente necessária. É o que os mantêm esperançosos.

Para outros, certos acontecimentos os deixam mais céticos ainda. Ou seja: pra cada um, um resultado.

Achei muito bonito um trecho de um livro sobre o Budismo que fala um pouco disso:

"Como sou monge budista, considero o budismo o mais conveniente. Para mim, concluí que o budismo é o melhor. Mas isso não significa que o budismo é o melhor para todo mundo. Isso está claro. E é categórico. Se eu acreditasse que o budismo era o melhor para todos, seria uma tolice, porque pessoas diferentes têm disposições mentais diferentes. Portanto, a variedade das pessoas exige uma variedade de religiões. O objetivo da religião é beneficiar as pessoas. E eu creio que, se tivéssemos apenas uma religião, depois de algum tempo ela deixaria de beneficiar muita gente.Se tivéssemos um restaurante, por exemplo, e nele só fosse servido um prato - dia após dia, em todas as refeições - não lhe restariam muitos fregueses depois de algum tempo. As pessoas precisam e gostam da variedade na comida porque existem muitos paladares diferentes. Do mesmo modo, as religiões destinam-se a nutrir o espírito humano." (A arte da felicidade - Dalai Lama e Howard C. Cutler)

E mais à frente:
"... se acreditarmos em qualquer religião, isso é bom. Porém, mesmo sem uma crença religiosa, ainda podemos nos arranjar. Em alguns casos, podemos nos sair ainda melhor. Mas esse é nosso próprio direito individual. Se quisermos acreditar, ótimo! Se não quisermos, tudo bem. É que existe um outro nível de espiritualidade. É o que chamo de espiritualidade básica- qualidades humanas fundamentais de bondade, benevolência, compaixão, interesse pelo outro. Quer sejamos crentes, quer não sejamos, esse tipo de espiritualidade é essencial."

No resumo de tudo, a velha frase, já desgastada: "O importante é ser feliz!"

Você é feliz com sua fé? É isso o que mais importa.
Boa semana pra todos.


quarta-feira, 5 de março de 2014

PAÍS SEM POVO (um desabafo)

Resolvi dar um tempo sem Facebook. Passei muito tempo escrevendo coisas que penso, contestando, "criando polêmica" - como gostam de dizer.

Algumas vezes fui mal interpretada, em outras criei inimizades. Mas não posso negar que Facebook é um interessante meio de pesquisa. Se quiser saber como é uma pessoa, dê uma passadinha no Facebook dela. É lá que se vê o que realmente a pessoa pensa. 

E uma das coisas que sempre gostei foi de defender o Brasil. O MEU país.  Mas já tô de saco cheio.

Ultimamente enxergo o Brasil como um enorme prédio. E fora dele, enxergo milhares de pessoas unidas com um único fim: destruir esse prédio! E lá estão elas: umas pichando, outras jogando pedras, outras tacando fogo e outras, mais ávidas, com marretas, picaretas... quebrando com vontade mesmo!

Imagino que vai chegar uma hora que o prédio vai cair - não há como suportar. É muita gente empenhada. Só que o prédio vai cair por cima dos próprios demolidores.

Não há o que fazer. Por mais que se tente defender, sempre terá alguém por perto pra te lembrar que os políticos não prestam, que o povo é sem educação, que a educação e a saúde pública vão de mal a pior... 

Nunca vi um povo tão empenhado em falar mal do próprio país. Não conheço outro povo que faça vídeos falando mal do próprio país no ano em que sediará a Copa do Mundo. 

Vejo estes vídeos e fico enojada. Não consigo ver até o final. É muito pra minha cabeça... Não consigo entender o que faz essa criatura viver aqui.

Outro dia li uma frase atribuída a Lima Barreto (escritor brasileiro que viveu de 1.881 a 1.922): "O Brasil não tem povo, tem público."

E acho que é isso mesmo. Nem sei em que contexto Lima Barreto disse isso, nem sei se foi ele mesmo que disse (também já cansei de pesquisar essas coisas, pois percebi que ninguém liga pra isso mesmo). Seja lá quem foi que disse, acho que tem toda a razão.

O que falta nesse país é identidade. Falta quem se apegue, quem queira defender, quem goste! Por que aqui todo mundo é estrangeiro: um é descendente de alemão, outro é de italiano, outro é de português, e por aí vai. Mas ninguém quer ser brasileiro. Inclusive em época de Copa do Mundo, tá cheio de gente nascida aqui que vai torcer contra o Brasil no caso do time do seu "país de origem" ser o rival. Todo esse amor porque o seu TATARAVÔ NASCEU LÁ! Dá pra acreditar?

O fato é que a gente nunca quer falar mal de quem a gente gosta não é mesmo? Pode ser a maior verdade do mundo... mas a gente não fala.

Quer alguns exemplos? Nunca vi ninguém dizer "Meu pai é um vagabundo"; "Minha mãe não sabe educar ninguém"; "Minha irmã é uma bêbada"; "meu tio é um idiota; "meu filho é um aproveitador"; "minha filha não vale o pão que come" - MESMO QUE SEJA VERDADE! Aliás, já vi sim: quando a pessoa detesta outra, fala até o que não deve.

E assim é com o Brasil. Sai uma matéria lá na França, alertando os turistas quanto ao risco de assalto nas grandes cidades do Brasil: "brasileiro" dá até uma incrementada - inclui problemas com enchentes, com corrupção - e posta no Facebook juntamente com uma frase assim: "O pior é que é verdade!"... 

E os amigos compartilham, compartilham!!! Se puderem, incluem mais alguns problemas! Sempre se desculpando: "mas é verdade!". 

Pessoas que aqui vivem (chamados de brasileiros) A-DO-RAM falar mal do Brasil! Afinal, não é o seu país... é um país que acolheu seus ascendentes, apenas isso. É o país que paga seu salário. E assim que puderem, dizem, vão "cair fora dessa encrenca, ah se vão"! 

Se eu tivesse filhos, acho que continuaria empenhada na defesa do Brasil. Gostaria de tentar fazer do Brasil um país melhor. Mas não vou deixar descendentes diretos. Meu tempo por aqui não será tão longo (com sorte mais uns 50 anos... quem sabe?) Então... vou me estressar pra quê?

Da próxima vez que estiver por perto de alguém que goste de detonar o Brasil, resta-me ficar calada. Cansei.  Boa sorte pra quem ficar até a demolição total! 





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