segunda-feira, 30 de novembro de 2009

A moral e as circunstâncias - Parte 2

O título pode parecer estranho, mas considero este texto como parte de uma outra postagem, de vários meses atrás, com o título " A moral e as circunstâncias" (texto de Danuza Leão, é claro).

Portanto, quem não o leu e quer saber do que se trata, é só dar uma espiadinha em postagens anteriores.

Mas esta parte 2 não é baseada em texto da Danuza, mas em pensamentos meus mesmo. Seria um complemento à idéia de Danuza.

O assunto do momento é a "Operação Caixa de Pandora", onde o presidente da Câmara Legislativa do DF é flagrado guardando propina nos bolsos e em suas meias... E não só o presidente, como vários outros deputados.

O Fantástico mostrou diversos vídeos, feitos por um deputado que está envolvido em outros escândalos e a sociedade pode constatar quanto dinheiro é "distribuído" a pessoas que lá estão para representar o povo...

É claro que nossa primeira reação é a de revolta, de indignação. Mas você já chegou a se perguntar se não teria feito o mesmo?

Quero deixar BEM CLARO que sou totalmente contra esta idéia, que não quero defender ninguém e muito menos incitar, sugerir qualquer coisa... mas penso que é muito fácil criticar quando não se está lá!

E, como disse a Danuza em seu texto, nossa moral vai sempre depender das circunstâncias...

Você pode achar horrível e se indignar com quem entra à sua frente no trânsito, mas vive "atrapalhando" a saída das pessoas no elevador, no metrô, sem ao menos se dar conta de que faz a mesma coisa daquele que te fechou no trânsito!

Você acha uma absurdo que algumas famílias "sem necessidade" recebam o Bolsa-Família do governo Federal, mas colocou seu nome na listagem de Cestas Básicas da sua igreja (afinal, "todo mundo faz isso...).

Você acha o cúmulo ter que pagar um salário mínimo pra que sua ex-mulher cuide do seu filho, mas também não quer assumir a guarda da criança pois sabe dos gastos que ela dá.

Você critica os políticos em geral pelas propinas, mas se estivesse lá, pensaria: "De que adianta EU ser honesto/a? Todos vão receber! E se eu não pegar, alguém vai ficar com a minha parte!"

Pois é assim mesmo a lógica atual... "Vou pegar, porque senão outro pega"!

E essa "moral" também pode ser observada no comportamento das pessoas no trânsito. O egoísmo das pessoas é tão grande que, ao observar que há pessoas querendo entrar (num cruzamento), aceleram seus carros para que a outra não consiga entrar!

E isso se repete em ultrapassagens (a pessoa vê que você está querendo retornar à pista da direita, mas acelera o carro).

Outro dia fui ao laboratório pra buscar o resultado de uns exames. Era sábado e o Fábio estava ao volante. Ele "embicou" o carro no estacionamento do laboratório e eu entrei, à pé, para pegar o resultado. Foi uma coisa muito rápida (nem 5 minutos) e quando voltei, ele ainda estava com o carro na calçada, no mesmo lugar. (Aos sábados há muuuuita gente fazendo exames, e o estacionamento estava lotadíssimo). Havia apenas UM carro atrás de nós, que também queria entrar no estacionamento. Quando me dirigia ao motorista do carro de trás para pedir que ele desse espaço para que saíssemos por ali mesmo, ele já começou a berrar e gesticular: "NÃO VOU DAR RÉ! NÃO VOU!".

Me espantei com a atitude daquele "ser humano"; afinal, bastaria que ele desse ré e sairíamos sem o menor embaraço. Indignada, mas de certa forma com medo, apenas repliquei: "Não precisa ficar nervoso; só te pedi um favor, e com educação." E ele não saiu mesmo.

Ficamos "presos" no estacionamento por uns 10 minutos ainda, com o resultado já nas mãos. Precisamos aguardar que todos se "ajeitassem" no local para, enfim, conseguirmos sair pelo outro portão. Apenas "passeamos" pelo estacionamento. Tudo por causa da intolerância daquele ser humano.

Confesso que também já fiz essas coisas - e me custou bem caro. Meses atrás, ao querer impedir a passagem de um carro que me ultrapassava pela direita, dando uma de espertinho, (eu estava na faixa do meio), acabei por colidir com outro carro, que não tinha nada a ver com a história. Por sorte, nada aconteceu com o carro da frente, mas o meu prejuízo foi bem ruim... além da vergonha - é claro - afinal o cara que me causou aquilo tudo foi embora e eu fiquei com o prejuízo! Por pura intolerância!

Mas fica aqui uma lição: antes de falar dos outros, tente observar as suas atitudes!
Observe se você também não agiria da mesma forma...
A mudança de tudo começa dentro de nós!
Pense nisso!
Boa semana a todos.







quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Dia Universal do Doador Voluntário de Sangue


25 de novembro: Dia Universal do Doador Voluntário de Sangue

A gente já se acostumou a fazer muitas coisas pelo Planeta e pelo futuro: economizar água e energia, cuidar do meio ambiente, jogar o lixo no lugar certo, não desmatar. Precisamos vera doação de sangue como uma atitude simples e que deve ser tomada por todos. Uma atitude pelas pessoas. Porque a cada vez que você doa sangue, ajuda a salvar até 4 vidas! E doar sangue é fácil, não dói, é rápido e não afeta sua saúde.

Uma pessoa adulta tem, em média, 5 litros de sangue e, em uma doação são coletados, em média, 450 ml. É pouco pra você e muito para quem precisa!

Condições básicas para doar sangue:

- Sentir-se bem, com saúde.
- Apresentar um documento com foto, emitido por órgão oficial e válido em todo o território nacional.
- Ter entre 18 e 65 anos de idade.
- Ter mais de 50 Kg.

Recomendações para o dia da doação:

- Nunca doe sangue em jejum.
- Faça um repouso mínimo de 6h na noite anterior à doação.
- Não ingerir bebidas alcoólicas nas 12 h anteriores.
- Evite fumar por pelo menos 2h antes da doação.
- Evite alimentos gordurosos.

Quem não pode doar?

- Quem teve diagnóstico de hepatite após os 10 anos de idade.
- Mulheres grávidas ou que estejam amamentando.
- Pessoas expostas a doenças transmissíveis pelo sangue, como AIDS, hepatite, sífilis e doença de Chagas.
- Quem teve contato sexual com múltiplos parceiros nos últimos 12 meses.

DOE SANGUE E CONVIDE MAIS ALGUÉM PARA DOAR!!!
Que tal fazer isso hoje mesmo?
Tem muita gente precisando!
E se você só doa sangue para pessoas conhecidas, saiba que tem muita gente hospitalizada querendo te conhecer...
Eu já fiz a minha (não levou nem 20 minutos). E já agendei a próxima doação para abril de 2010.
Agora estão esperando por você!
Reflita. Se não for hoje, que seja amanhã...
AJUDAR TÁ NO SANGUE.

Para maiores informações, acesse o site da Colsan (Associação Beneficente de Coleta de sangue)

www.colsan.org.br

Tel: (11) 5055 6588

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

A moça da minissaia: de vilã a mártir


Só se fala nisso atualmente.

Se quiser saber sobre o assunto (acho impossível que alguém ainda não saiba), é só acessar o Google... são 52.900 resultados para a expressão "Geysa Arruda"! Aliás, não dá pra saber o nome correto da moça e nem dá pra acreditar em tudo o que se lê: no Orkut há vários perfis da moça e com diversas grafias: Geysa, Geysi, Geyse... e por aí vai.


Resolvi escrever sobre o assunto por sugestão da minha prima, mas confesso que dá até medo ... rsrsrs

Afinal, a moça, antes "massacrada", vilã, "sem-vergonha" virou mártir em questão de dias!

Hoje é a "coitada", a injustiçada... e não lhe falta apoio. Como era de se esperar, virou celebridade instantânea.


São inúmeras as comunidades criadas no Orkut em sua defesa. Algumas pessoas, inclusive, escreveram em seus próprios perfis de Orkut, verdadeiras teses sobre a defesa das mulheres, o direito de ir e vir etc.


Quanto ao que ocorreu com os alunos naquela faculdade, é fácil entender: trata-se do que chamo de "poder da massa". Provavelmente uma ou duas meninas sentiram-se provocadas pela moça (que, segundo dizem, estava desfilando e posando pra fotos com a saia propositalmente levantada, e adorando...). Essas meninas tinham amigas e essas amigas tinham outros amigos... e começou a confusão! Inclusive muita gente que estava no meio da "massa" confessou que gritava porque os outros estavam gritando!


Já reparou como o "poder da massa" se forma? Repare num grupo de adolescentes mais exaltados numa noite de balada, pelas ruas... Eles riem de tudo, gritam, falam alto, provocam... Mas se vc isolar qualquer um deles, este seguirá quietinho o seu caminho... Porque gritar junto com os outros é uma coisa, mas gritar sozinho é muita responsabilidade!

É como se a pessoa, dentro do grupo, ganhasse uma nova identidade; é como ficar invisível; é ser apenas um membro de outra personalidade (o grupo todo seria um ser único, e a pessoa é apenas um membro daquele novo corpo...)


Assim, o aglomerado de gente que se formou ao redor da moça tinha de tudo um pouco: pessoas que realmente se rebelaram, pessoas que estavam gostando, e muitos que estavam ali sem nem saber direito o por quê! Apenas "entraram no embalo".


Quanto à atitude da moça, não sei o que pensar. Concordo que temos o direito de nos vestirmos como bem quisermos, mas confesso que minha criação atrapalha um pouco a defesa a esta moça... Afinal, sou filha "temporão" e minha educação foi daquelas mais "conservadoras". Aprendi que pra cada lugar há uma roupa apropriada, e não consigo acreditar que aquela roupa é roupa de estudante. O que posso dizer é que cada um pode vestir o que quiser (e os outros realmente não têm o direito de agredir ou hostilizar), mas acho também que você tem que assumir a escolha que fez... Se você for de minissaia a uma igreja, por exemplo, já sabe que será observada por uns, criticada por outros... talvez até seja convidada a se retirar (dependendo da igreja...). É uma escolha sua.


O fato é que todo excesso gera polêmica: pra menos ou pra mais! Se você tem muito (muito dinheiro, muitos filhos, muita vaidade) certamente virará assunto; se você tem pouco (é pobre, não tem filhos, é relaxada com a aparência) também gerará comentários... Mas se você for de classe média, tiver 2 filhos e vestir-se moderadamente, sua vida segue! rsrsrs


Há um "jogo" muito legal que proponho sempre aos meus "clientes do Judiciário":

Você acha que o valor que você paga de pensão a seu filho é muito alto? É simples! Peça a guarda da criança e receba o mesmo valor de sua ex-mulher! Ahhhh... vc acha pouco?


Você acha que a moça da minissaia foi injustiçada? Então não se ofenda, daqui alguns anos, quando sua filha for à faculdade de shorts e bustiê! Tempos modernos! (Ahhh... sua filha não??)


Concluindo: temos livre arbítrio; e cada um sabe o que é melhor pra si. Quero deixar bem claro que não condeno a atitude da moça e nem acho correto o que aconteceu naquela faculdade.

Aliás, no Fórum, vejo pessoas com trajes bem mais ousados e nem por isso elas são hostilizadas - e há uma placa na entrada que impede a entrada de pessoas vestindo bermudas ou CAMISETAS SEM MANGA (!)


Mas uma coisa é certa: Se você for fazer caminhadas num parque, de salto alto e vestido, ninguém achará que você está lá pra se exercitar! Assuma isso! E não se ofenda se os homens te chamarem pra sair...
É o que penso.



Só de Sacanagem – (Elisa Lucinda)


A sugestão foi do meu sobrinho Tiago. E, embora eu já tenha publicado este texto antes (Post do dia 13 de abril), não custa repeti-lo, afinal, é um texto brilhante mesmo! Segue abaixo o texto de Elisa Lucinda:

Meu coração está aos pulos! Quantas vezes minha esperança será posta à prova?

Tudo isso que está aí no ar: malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro - do meu dinheiro, do nosso dinheiro- que reservamos duramente para educar os meninos mais pobres que nós; para cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais. Esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.


Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais? É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o aprendiz. Mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.


Meu coração tá no escuro. A luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e dos justos que os precederam: “Não roubarás”; “Devolva o lápis do coleguinha”. “Esse apontador não é seu, minha filha”...


Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear: Mais honesta ainda vou ficar! Só de sacanagem!

Dirão: “Deixa de ser boba! Desde Cabral que aqui todo o mundo rouba!” E eu vou dizer: “Não importa; será esse o meu carnaval: vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos. Vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês.Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau".

Dirão: “É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal”.

E eu direi: “Não admito, minha esperança é imortal”. E eu repito: “Ouviram? IMORTAL!”


Sei que não dá para mudar o começo, mas, se a gente quiser, vai dar para mudar o final!

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