segunda-feira, 16 de novembro de 2009

A moça da minissaia: de vilã a mártir


Só se fala nisso atualmente.

Se quiser saber sobre o assunto (acho impossível que alguém ainda não saiba), é só acessar o Google... são 52.900 resultados para a expressão "Geysa Arruda"! Aliás, não dá pra saber o nome correto da moça e nem dá pra acreditar em tudo o que se lê: no Orkut há vários perfis da moça e com diversas grafias: Geysa, Geysi, Geyse... e por aí vai.


Resolvi escrever sobre o assunto por sugestão da minha prima, mas confesso que dá até medo ... rsrsrs

Afinal, a moça, antes "massacrada", vilã, "sem-vergonha" virou mártir em questão de dias!

Hoje é a "coitada", a injustiçada... e não lhe falta apoio. Como era de se esperar, virou celebridade instantânea.


São inúmeras as comunidades criadas no Orkut em sua defesa. Algumas pessoas, inclusive, escreveram em seus próprios perfis de Orkut, verdadeiras teses sobre a defesa das mulheres, o direito de ir e vir etc.


Quanto ao que ocorreu com os alunos naquela faculdade, é fácil entender: trata-se do que chamo de "poder da massa". Provavelmente uma ou duas meninas sentiram-se provocadas pela moça (que, segundo dizem, estava desfilando e posando pra fotos com a saia propositalmente levantada, e adorando...). Essas meninas tinham amigas e essas amigas tinham outros amigos... e começou a confusão! Inclusive muita gente que estava no meio da "massa" confessou que gritava porque os outros estavam gritando!


Já reparou como o "poder da massa" se forma? Repare num grupo de adolescentes mais exaltados numa noite de balada, pelas ruas... Eles riem de tudo, gritam, falam alto, provocam... Mas se vc isolar qualquer um deles, este seguirá quietinho o seu caminho... Porque gritar junto com os outros é uma coisa, mas gritar sozinho é muita responsabilidade!

É como se a pessoa, dentro do grupo, ganhasse uma nova identidade; é como ficar invisível; é ser apenas um membro de outra personalidade (o grupo todo seria um ser único, e a pessoa é apenas um membro daquele novo corpo...)


Assim, o aglomerado de gente que se formou ao redor da moça tinha de tudo um pouco: pessoas que realmente se rebelaram, pessoas que estavam gostando, e muitos que estavam ali sem nem saber direito o por quê! Apenas "entraram no embalo".


Quanto à atitude da moça, não sei o que pensar. Concordo que temos o direito de nos vestirmos como bem quisermos, mas confesso que minha criação atrapalha um pouco a defesa a esta moça... Afinal, sou filha "temporão" e minha educação foi daquelas mais "conservadoras". Aprendi que pra cada lugar há uma roupa apropriada, e não consigo acreditar que aquela roupa é roupa de estudante. O que posso dizer é que cada um pode vestir o que quiser (e os outros realmente não têm o direito de agredir ou hostilizar), mas acho também que você tem que assumir a escolha que fez... Se você for de minissaia a uma igreja, por exemplo, já sabe que será observada por uns, criticada por outros... talvez até seja convidada a se retirar (dependendo da igreja...). É uma escolha sua.


O fato é que todo excesso gera polêmica: pra menos ou pra mais! Se você tem muito (muito dinheiro, muitos filhos, muita vaidade) certamente virará assunto; se você tem pouco (é pobre, não tem filhos, é relaxada com a aparência) também gerará comentários... Mas se você for de classe média, tiver 2 filhos e vestir-se moderadamente, sua vida segue! rsrsrs


Há um "jogo" muito legal que proponho sempre aos meus "clientes do Judiciário":

Você acha que o valor que você paga de pensão a seu filho é muito alto? É simples! Peça a guarda da criança e receba o mesmo valor de sua ex-mulher! Ahhhh... vc acha pouco?


Você acha que a moça da minissaia foi injustiçada? Então não se ofenda, daqui alguns anos, quando sua filha for à faculdade de shorts e bustiê! Tempos modernos! (Ahhh... sua filha não??)


Concluindo: temos livre arbítrio; e cada um sabe o que é melhor pra si. Quero deixar bem claro que não condeno a atitude da moça e nem acho correto o que aconteceu naquela faculdade.

Aliás, no Fórum, vejo pessoas com trajes bem mais ousados e nem por isso elas são hostilizadas - e há uma placa na entrada que impede a entrada de pessoas vestindo bermudas ou CAMISETAS SEM MANGA (!)


Mas uma coisa é certa: Se você for fazer caminhadas num parque, de salto alto e vestido, ninguém achará que você está lá pra se exercitar! Assuma isso! E não se ofenda se os homens te chamarem pra sair...
É o que penso.



5 comentários:

Bianca disse...

É impossível ficar de boca fechada diante deste assunto. Eu imagino que as pessoas envolvidas se sentiram ameacadas de alguma forma pela roupa que a tal aluna utilizara.
Concordo que devemos saber nos portar adequadamente em cada local que frequentamos e isso engloba COMPORTAMENTO básico.
O que está acentuado no mundo contemporaneo é a falta de pudor. Com várias ferramentas de exposicao que existem, as pessoas querem mais é virar notícia, serem celebridades, seja por bem ou por mal (aliás, falem mal mas falem de mim nao é mesmo?? rs).
Nao me espanto nada se a próxima edicao da Playboy for: "E agora ela mostra o que todo mundo queria ver...".

Outra questao que me incomoda é como as Faculdades estao "abrindo as pernas" (já que estamos falando da Geyse) para "qualquer indivíduo" passar no vestibular. Polemico isso e sei que "quem ve cara nao ve coracao", que nao devemos julgar ninguém pelas roupas, classe social e por aí vai. Mas vamos combinar que esta várzea promovida pelas faculdades ainda vai dar muito o que falar. Imagine os futuros profissionais!!!

Vamos imaginar outra situacao: Geyse procurando emprego...

That's it.

Unknown disse...

Sem comentários !

Faço das suas, as minhas palavras..

Alberto disse...

Isso é papo de mulher feia.
Geisy é um tesão. Tem que mostrar mesmo!

Tigresa (com S, não sou analfabeta) disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Tigresa (com S, não sou analfabeta) disse...

Tesão? Nossa, Alberto, pelo jeito você não tem padrão de mulher bonita. Deve ser daqueles que "topam qualquer uma" já que não consegue melhor... Boa sorte!

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