segunda-feira, 23 de março de 2009

Mães (sen-sa-cio-nal!!!)


Ouvi este texto no CD "Filtro Solar", narrado por Fernanda Montenegro.

Toda mãe deveria receber este texto na saída da maternidade...

Fabuloso!

Confira:



Mães



Mães: geralmente é a vocês que cabe a educação dos filhos, sobretudo no capítulo modos à mesa, arrumação do quarto etc.

Não sejam preguiçosas! É mais fácil fazer que ensinar. Mas tenham coragem: ensinem!!! E comecem cedo para que os bons hábitos se tornem uma segunda natureza e não um procedimento para se ter só na frente das visitas.


Seja rigorosa! Eles vão te odiar às vezes; você vai querer esganá-los freqüentemente - faz parte entre as pessoas que se amam. Mas um belo dia alguém vai dizer o quanto seu filho é educado, prestativo, gentil, querido. Você vai desmaiar de surpresa e felicidade.


Eu nunca me esqueço daquela história da mãe que se dirigiu a uma especialista em boas maneiras para saber com que idade ela deveria colocar seu filho no curso. Ao saber que o filho estava com três meses de idade ela respondeu: "Mas talvez já seja muito tarde!".


Não morra de vergonha se seu filho der um vexame na frente dos seus amigos. Não valorize os erros nem dê bronca em público. Nunca trate a criança com se ela fosse uma débil mental: elas entendem tudo!

Use sempre um bom vocabulário. Isso aumenta a capacidade lingüística das crianças.

E não fique para morrer de culpa se algum dia precisar frustrar seu filho (tipo “promessa que não pode ser cumprida” etc); apesar do que dizem os especialistas, uma frustraçãozinha de vez em quando prepara a criança para aprender a suportá-las quando no decorrer da vida elas infelizmente acontecerem.


O palavrão. É dito por todos - até em televisão, escrito nos jornais, etc. Pretender que uma criança não repita é puro delírio. Vamos moderar; mas a regra de ouro seria: “palavrão na linguagem corriqueira é uma coisa, mas não pode ser usado jamais na hora da raiva, da briga”. Isso vale também para os adultos.


Ensinem, obriguem seus filhos a cuidarem da bagunça que fazem. O copo de Coca-Cola? De volta pra cozinha. A revistinha que acabou de ler? Para o quarto. Os milhares de papeizinhos de Bis? Amassar e jogar no cinzeiro. A lista não tem fim porque a imaginação de uma criança para instalar o caos onde quer que esteja é também infinita.


Alguns mandamentos:

- Não sair pra se servir correndo na frente dos outros. O ideal, aliás, seria que as crianças até certa idade fizessem as refeições antes dos adultos, com as mães ali ao lado, patrulhando as boas maneiras.

- Não deixar cair um grão sequer na mesa.

- Não encher demais o prato. Há fome no mundo, etc, etc... Se encher, que coma tudo!

- A partir dos cinco anos, não cortar a carne toda de uma vez. Cinco? Talvez eu tenha exagerado: Sete.

- Não misturar carne com peixe; macarrão com farofa, etc. Isso é cultura.

- Pedir licença pra se levantar quando a refeição terminar (pode alegar que precisa estudar) para evitar aquela tortura de ficar na mesa até a hora do café, um suplício.

- Não bater a porta do quarto com estrondo nem quando brigar com o irmão.

- Só gritar se for por mordida de cobra. Ou ficar mudo ou estático dentro do elevador.

- Não chamar a amiga da mãe de tia. Aliás, não chamar ninguém de tia - a não ser as tias de verdade. E só pra deixar bem claro: “tia Rosina”, “tia Helena”, nunca “tia” só.


Eu adoro bebês! Quando começa a idade da correria, eu confesso que já adoro um pouco menos. (Eu tenho que dizer isso bem baixinho pra não ofender as mães.)


Vamos então falar dessa fase sublime: Elas gostam de passar no espaço de quinze centímetros que existe entre o sofá e a mesa; brincam de pique numa sala de dois por três; colocam a cadeira na frente da televisão; se penduram nos lustres; pintam as paredes da sala, o teto etc, etc - e tudo aos gritos. Eu penso que esta talvez seja a fase de maior energia do ser humano. Ah! é a idade das guerras de travesseiros, das almofadas que voam pela janela. Jovens pais adoram essas traquinagens. Tudo bem. Mas não ache tão estranho se alguns de seus amigos não curtirem tanto quanto você essa fase tão adorável dos seus filhotes.

Crianças são difíceis mesmo, é preciso muita paciência pra agüentar o que elas freqüentemente aprontam.


Mas as crianças crescem, e um dia querem trazer a namorada pra dormir em casa. Dinheiro para o Motel? Só se você der. Então, o que fazer? Claro, a gente compreende a situação mas, francamente, ter que cruzar no corredor com a gatona despenteada de camiseta e escova de dente na mão talvez perguntando:"Tia, dá pra me emprestar uma escova de cabelo?" OK, dá. Mas e se você tem três filhos? Vão ser três gatonas? Acho que eu liberaria a casa nos fins de semana e iria dormir no sofá da casa da minha mãe, de um amigo, no banco da praia, deixando a garotada à vontade. Eles e eu numa boa. Mas só ate domingo às dezenove horas - nem um minuto a mais.


Mesmo os filhos mais modernos costumam ser caretésemos em relação as suas próprias mães. Portanto - vá anotando - na frente dos filhos:

- Mãe não namora, não toma mais de um drink, não fala que acha o Jeff Bridge um tesão. (Perdão! Mãe não pronuncia essa palavra; nem sabe o que quer dizer.)

- Não usa mini-saia, não pode adorar Madonna, só pode gostar de Roberto Carlos, Julio Iglesias. (Eles te amam, mas essas preferências sempre incomodam.)

- Nem amigos comuns se deve ter, por precaução. Portanto, quando o destino colocar vocês na mesma festa, pareça o que eles querem que você seja: anule-se!

Tenha pouca, pouquíssima personalidade. Faça o tipo distinto e alegre; se possível, use uma peruca grisalha.

Seja discreta e assexuada, tenha poucas opiniões, se enturme com os mais velhos e trate os mais jovens como se fosse assim uma tia simpaticona, nada mais.

Ria das historias deles e não conte nenhuma sua. Mãe não tem passado.

- Só fale de receitas, crianças; se ofereça pra levar um vestido na costureira pra consertar; tenha bons endereços pra fornecer. Dicas de cozinha.

Conte como era o mundo do seu tempo - seus filhos vão adorar - e depois dessa festa, vá correndo tomar um whisky duplo no bar do Bosco pra não ter um enfarte.


Em compensação, na frente dos netos, faça tudo que não deve e muito mais! Netos costumam adorar avós, digamos, fora dos padrões. É que eles sabem que vão poder contar com elas como fortes aliadas nas crises de caretice dos pais.


Cruel? Não... apenas verdade. E mais: Isso é que faz o Equilíbrio da Vida.

quarta-feira, 18 de março de 2009

ALGUMAS RAZÕES PARA GOSTAR DO BRASIL


RAZÕES PARA GOSTAR DO BRASIL
(Este texto é um resumo do livro “1001 razões para gostar do Brasil”, de autoria de Marcelo Camacho)

“Só mesmo no Brasil”. Quantas vezes você já ouviu essa frase? Geralmente ela é dita em tom de lamento, quando alguma coisa de ruim acontece e, pimba!, põe-se a culpa no país. Assim, com a maior facilidade. Como se o Brasil, com a sua imensidão, gigante pela própria natureza, tivesse lá suas vontades e fosse capaz de castigar seu povo com a seca no Nordeste, a violência nas grandes cidades, a má-fé de parte da classe política. Coisas que, em tese (e apenas em tese), só acontecem no Brasil.

Mas e o lado bom das coisas? Tornou-se comum, a título de consolo, lembrar que o Brasil não tem terremotos, furacões ou vulcões prestes a entrar em erupção. É, não tem mesmo – e isso é ótimo. Mas vamos com calma. Afinal, não é a inexistência de tragédias ligadas a fenômenos naturais que faz do Brasil um lugar bom pra se viver. Alguma dúvida?

O livro de Marcelo Camacho não deixa dúvidas. Mistura de guia afetivo e perfil informal do país, apresenta uma lista de 1001 itens só com coisas legais sobre o Brasil e sobre o povo brasileiro. Coisas que são a cara de um Brasil múltiplo e pulsante (embora nem sempre exclusivas de nossa terra). Coisas que – às vezes, sem que se perceba – fazem a gente gostar de viver aqui. E, ainda, coisas tão nossas que dão identidade ao país e reafirmam uma característica da qual o brasileiro já andou meio esquecido: a auto-estima.

Aí vão algumas:

1) “A terra(..) é toda praia muito formosa. Nela até agora não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem nenhuma coisa de metal, nem de ferro. Porém, a terra, em si, é de muito bons ares (...) Águas são muitas, infinitas. E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, der-se-á nela tudo, por bem das águas que tem.” (Trecho da carta de Pero Vaz de Caminha ao Rei Dom Manuel, de Portugal, espécie de certidão de nascimento do Brasil.)
2) Feijão com arroz. Se o acompanhamento for bife com batata frita, melhor ainda.
3) Dançar forró. Coladinho. Rosto com rosto, coxa com coxa.
4) Futebol de botão.
5) A vida na roça e tudo que ela tem de bom.
6) Dois dedos de prosa.
7) Viola caipira.
8) Fogão a lenha.
9) Os filmes de Mazzaropi.
10) Os vinhedos de Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul.
11) O colorido dos barcos no porto de Manau8s.
12) Palavras curiosas da língua portuguesa, como “lengalenga”, “saracoteio” e “borogodó”. Mesmo que às vezes a gente nem saiba direito o que elas significam.
13) Sanduíche de mortadela.
14) Couvert de restaurante: pão, torradinhas, patê, manteiga, pastinhas, azeitonas... É incrível ainda sobrar apetite para a refeição.
15) Peixes de água doce: tucunaré, pirarucu, tambaqui, pacu, pintado, dourado...
16) A OktoberFest, em Blumenau, Santa Catarina.
17) Cuscuz. Com pedaços de coco por cima – e muito leite condensado.
18) A cachaça (água-que-passarinho-não-bebe, aguardente, bafo-de-tigre, branquinha, caninha, champanha-da-terra, goro, Iaiá-me-sacode, levanta-velho, Maria-meu-bem, perigosa, xarope-dos-bebos etc.
19) As madeiras brasileiras: mogno, imbuia, peroba-do-campo, jacarandá, cedro, pau-marfim, cerejeira.
20) A sensualidade da mulher brasileira.
21) O Brasil é o país da novela – tanto que a transformou em produto de exportação. “Escarava Isaura”, por ex, já foi vendida para 120 países.
22) Oscar Niemeyer, o maior nome da arquitetura brasileira.
23) Na América Latina, só o brasileiro fala português. Do Oiapoque ao Chuí.
24) Tênis Bamba, Conga, Kichute (com o cadarço amarrado por baixo da sola) e o sapato Vulcabrás 752.
25) Creme de abacate – e com açúcar!
26) Dobradinhas culinárias: frango com quiabo, camarão com chuchu, carne-seca com abóbora (jabá com jerimum), costela com mandioca (vaca atolada)...
27) Casas de suco. Não é em qualquer lugar do mundo que se encontra fruta espremida na hora.
28) Chopp geladíssimo
29) Pastel e caldo de cana
30) Cafezinho (não tem igual)
31) Bolo-de-rolo, bolo de fubá, bolo de aipim com coco, de laranja, de chocolate...
32) Programa brasileiro de combate à AIDS (considerado um dos melhores do mundo)
33) Praias brasileiras – são quase 8000 Km de litoral e mais de 2000 praias.
34) Yes, nós temos bananas!
35) Copacabana, a princesinha do mar.
36) Almoço de domingo na casa da avó: primos, tios, a família toda reunida. De preferência no quintal, em tarde fresca, debaixo de uma bela mangueira.
37) Casquinha de siri.
38) Malhação de Judas no sábado de Aleluia.
39) Banana frita, com açúcar e canela.
40) O bom humor do brasileiro. Não é de se estranhar que o país tenha tyantos comediantes. E público para suas piadas.
41) O pau-brasil.
42) O Zé Carioca.
43) Pão de Queijo.
44) Guga: o maior tenista de todos os tempos.
45) Corrida de São Silvestre.
46) Açaí. No copo, na tigela, com granola, com guaraná em pó.
47) A decoração das ruas em época de Copa do Mundo.
48) Ivo Pitanguy, referência mundial em cirurgia plástica.
49) Jardins de Burle Marx.
50) A simpatia e o calor humano dos brasileiros.
51) Jambo, Jamelão, jenipapo, jabuticaba e jaca.
52) As cestas de Hortência e Magic Paula.
53) O uniforme do malandro: terno de linho branco: gravata vermelha, sapato bicolor e chapéu-panamá.
54) Rabanada na Ceia de Natal.
55) Roda de capoeira ao som de berimbau.
56) Caipirinha. Limão amassado, gelo, açúcar e cachaça. É o drinque que tem a cara do Brasil.
57) O charme e o glamour do Hotel Copacabana Palace, desde 1923 na Praia de Copacabana.
58) O luar do sertão.
59) Goiabada com Queijo (Romeu e Julieta).
60) Corinthians e Palmeiras no Morumbi.
61) Olha a pamonha!!
62) Cerâmicas Marajoara: relíquias de civilizações antigas que chegaram na Ilha de Marajó há cerca de 1500 anos.
63) Chorinho. Com cavaquinho, flauta, bandolim, violão de sete cordas e pandeiro.
64) Antigas fazendas de café.
65) A areia – quase sempre branca – das praias brasileiras.
66) A fauna e a flora do Cerrado.
67) O carnaval carioca.
68) Viver num regime democrático.
69) Acarajé. Com pimenta malagueta.
70) Futebol de praia e futebol de salão, invenções brasileiras.
71) Festivais da canção das décadas de 60 e 70.
72) Canjica.
73) O prédio de Museu de Arte de São Paulo, inaugurado em 1968. Seu acervo, avaliado em mais de 1 bilhão de dólares, é um dos mais importantes da América do Sul.
74) Dom Casmurro e o enigma de Capitu.
75) O misticismo de São Tomé das Letras.
76) Carrocinhas de pipoca, milho e churros.
77) A Ópera de Arame de Curitiba.
78) Chimarrão.
79) Bobó de camarão.
80) Rodinha de violão, com adolescentes cantando.
81) A publicidade brasileira, considerada uma das melhores do mundo.
82) A dinastia de pilotos campeões de Formula 1: Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet e Ayrton Senna. Como era bom acordar cedo aos domingos para ver suas vitórias!
83) A Mata Atlântica. Ou, pelo menos, o que sobrou dela.
84) As hortênsias de Gramado.
85) Bis, Chokito, Milkybar, Prestígio, Diamante Negro, Batom, Sensação, Alpino...
86) Andar de charrete.
87) Churrascaria rodízio: picanha, maminha, fraldinha, lingüiça, coração de galinha, lombinho, cupim... Os turistas estrangeiros enlouquecem com tanta carne.
88) A batucada do Olodum.
89) Feijão-de-corda com manteiga de garrafa.
90) Piada de português, de papagaio, de elefante.
91) Os Lençóis Maranhenses, região repleta de lagoas de águas cristalinas intercaladas por dunas de até 50m de altura. É considerada a região de deserto com maior densidade demográfica de oásis do mundo.
92) Água-de-coco.
93) Doce de leite.
94) A floresta da Tijuca, no Rio de Janeiro: maior floresta urbana do mundo.
95) A riqueza das expressões regionais brasileiras: “meu rei”, “oxente”, “uai, sô!”, “ô meu!”, “tchê e báh!”, “merrrmão”...
96) Cuba libre.
97) Tamarindo, graviola, taperebá e cupuaçu.
98) A seleção brasileira de Vôlei Masculino.
99) Distribuição de doces no dia de São Cosme e São Damião.
100) Tutu à mineira.
101) Cefé Colonial em Gramado ou Canela.
102) Férias de inverno em Campos do Jordão.
103) Picadinho com arroz, farofa, ovo, banana e caldo de feijão.
104) Ipê-Roxo e Ypê-Amarelo.
105) Azeite-de-dendê.
106) Tapetes de serragem colorida nas procissões religiosas da Semana Santa em Minas Gerais.
107) O Pantanal Matogrossense, com seus 140mil Km quadrados de planície inundável.
108) Cadeiras de palhinha.
109) Oferendas à Iemanjá na noite de 31 de dezembro.
110) Pelé, o Atleta do Século.
111) Domingo de sol na praia.
112) Dizer que viu o Programa Silvio Santos quando estava passando pelo quarto da empregada... (todo mundo sabe como funciona essa desculpa).
113) Empadinha de camarão, de queijo, de palmito.
114) A Seleção de 1982, que não ganhou a Copa da Espanha, mas foi uma das melhores que o Brasil já teve.
115) Feijoada completa, com feijão preto, arroz, farinha, couve, torresmo e laranja.
116) Jogo de truco ou buraco.
117) Manga-espada.
118) As águas cristalinas dos rios de Bonito, no Mato Grosso do Sul.
119) O calor dos trópicos.
120) Gafieira.
121) O futebol-arte.
122) Futivôlei.
123) Moqueca capixaba em panela de barro.
124) Suco de maracujá, refresco de groselha e suco de caju.
125) O tabuleiro da baiana.
126) Vatapá: farinha de trigo, peixe desfiado, camarão fresco, camarão seco, amendoim, gengibre, leite de coco, azeite-de-dendê etc.
127) Caruaru: quiabo, camarão seco, peixe, farinha de mandioca, cebola, pimenta malagueta, amendoim etc
128) Munguzá: mingau de milho com leite, leite de coco, açúcar, cravo e canela.
129) A jaguatirica: felino tipicamente brasileiro – e ameaçado de extinçaão.
130) A OSESP: Orquestra Sinfônica do estado de São Paulo.
131) Serenatas ao Luar.

segunda-feira, 9 de março de 2009

CRESCE O NÚMERO DE CASAIS SEM FILHOS

Cada vez mais casais decidem não ter filhos (23/11/2007 - 09h04 )

FLÁVIA MANTOVANIda Folha de S.Paulo

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que, de 1996 para 2006, a porcentagem de casais sem filhos em relação ao total dos arranjos familiares cresceu de 13,1% para 15,6%.
No mesmo período, o percentual de casais com filhos caiu de 57,4% para 49,4%. Uma pesquisa do Datafolha divulgada no mês passado, na qual foram ouvidas 2.093 pessoas, também sugere a tendência: 14% dos entrevistados que se declararam casados afirmaram não ter filhos --em 1998, 10% haviam declarado o mesmo para o instituto.
Embora os dados não permitam separar os casais que não podem ter filhos daqueles que não querem, os especialistas garantem que esse último grupo é uma tendência em vários países.
Livros e clubes
Nos Estados Unidos e na Europa, onde a porcentagem de pessoas sem filhos pode chegar a 30% da população feminina (dado referente à Alemanha em 2005), os lançamentos do mercado editorial refletem o interesse pelo tema: a cada ano, é possível encontrar novos livros dedicados a casais sem filhos.
Entre os mais recentes, estão o americano "Pride and Joy: The Lives and Passions of Women Without Children" (Orgulho e Alegria: As vidas e Paixões de Mulheres sem filhos), de abril deste ano, e o francês "No Kid: Quarante Raisons de Ne Pas Avoir d'Enfant" (40 Razões Para Não Ter Filhos), publicado no último mês de maio.
Em países como EUA, Inglaterra e Canadá, já há organizações que oferecem apoio e informação para as pessoas sem filhos. Uma delas, o clube social sem fins lucrativos canadense No Kidding, tem filiais espalhadas pelo mundo que promovem atividades sociais como festas e caminhadas para casais e solteiros sem crianças.
No Brasil, onde não há esse grau de organização em relação ao assunto, o máximo que os entrevistados citaram foi a possibilidade de ir a hotéis e pousadas que não aceitam crianças. "Gostamos de saber que uma pousada não recebe crianças. Não porque a gente não goste delas. Não gostamos é dos pais, que não dão limites e não controlam os filhos", diz uma das entrevistadas.

Motivações
Segundo a terapeuta familiar Magdalena Ramos, do Núcleo de Casal e Família da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), a dificuldade de educar crianças na atualidade é um dos motivos que levam muitas mulheres a questionarem a vontade de engravidar.
"Cada vez mais as pessoas têm consciência do esforço que significa criar um filho, da dedicação e dos custos econômicos e emocionais envolvidos", diz.
Entre outras razões comuns para que muitos casais abdiquem da paternidade, Luci Mansur cita o desejo de se dedicar mais à relação conjugal, dúvidas sobre a capacidade de ser pai ou mãe, vontade de ter menor preocupação com questões financeiras e inquietações em relação à superpopulação e ao futuro do planeta.
Também há muitas mulheres que não chegam a tomar uma decisão consciente sobre o tema: adiam a maternidade para se dedicar à carreira, por exemplo, até que chega uma hora em que fica mais difícil engravidar e desistem.

Arbítrio
Para Magdalena Ramos, apesar de haver cobrança em relação aos casais sem filhos, hoje há mais liberdade de escolha. "Nas gerações passadas, o filho fazia parte do 'pacote' do casamento. Se o casal não tinha, a primeira coisa que pensavam era que um dos dois tinha algum problema. Hoje, a cobrança não é tão marcante, apesar de a situação ainda gerar desconforto."
Segundo Luci Mansur, as pesquisas mostram que casais sem filhos ainda sofrem muito preconceito e pressão. "Em pleno século 21, ouvimos comentários estigmatizantes como 'mulher sem filhos é como uma árvore seca, que não deu frutos'."
Muitos casais entrevistados pela Folha disseram que ouvem rotineiramente expressões como "aposto que vocês vão mudar de idéia", "não têm medo de se arrepender?" ou "mas quem vai cuidar de vocês na velhice?".
"Não é uma situação normal aos olhos das outras pessoas. Você vive dando explicações e é visto, muitas vezes, como egoísta", diz outra entrevistada. Ela lembra que leu uma entrevista com o fundador do clube No Kidding, Jerry Steinberg, na qual ele retruca dizendo que muita gente tem filhos por motivos egoístas.
"Por um lado, não engravidar é uma decisão egoísta, de querer ter liberdade, viver com menos turbulência. Mas muitas pessoas têm filhos por motivos egoístas também: por vaidade, para viver coisas que não puderam viver, exercer poder, dar continuidade ao nome da família", diz.
Sobre isso, aliás, ela garante que o fato de ser a última de seu ramo familiar não a fez pensar de novo na sua opção. "Isso não muda nada", afirma.
Realmente é uma opção difícil de assumir!

quinta-feira, 5 de março de 2009

Cadê o povo brasileiro?




Volto de uma viagem pela Europa com uma sensação bem estranha... É claro que sempre há aquele encanatamento pelo que vemos fora do nosso país, mas na verdade o que sobressai desta vez é a vontade de mudar o que está errado aqui (e não desistir, como muitos dizem por aí).




Sempre fiquei indignada quando via brasileiros falando mal do nosso país, principalmente porque sei que 90% dos que falam mal do Brasil NUNCA botaram seus pés fora dele! Pessoas em filas de banco que dizem "é só neste país mesmo!" sempre me causaram pena... Será que elas acreditam mesmo que no exterior tudo é perfeito??




Há cerca de 10 anos fui para o Chile com meu pai e duas sobrinhas. O nosso guia turístico era um autêntico chileno e sempre que se referia ao seu país ele enchia a boca e dizia com orgulho: "Aqui no MEU país..." - e sempre tinha algum elogio pra complementar a frase. Só que também tinha muito brasileiro - idiota, a meu ver - que complementava, ironizando: "igualzinho ao Brasil!!"




Eita povo besta! Deve ser o único povo no mundo que fala mal do próprio país! Ao invés de exaltarmos as coisas boas, fazemos questão de enaltecer as ruins! (e se vc pensou: "que coisas boas?" - é caso de pensar em ir embora daqui...)




Não estou querendo dizer que não temos problemas (temos, e muitos) e nem que no exterior não há perfeição. O fato é que a Europa tem mais de 1000 anos de história a mais que o nosso país... e se lá fosse tudo tão perfeito, o que fez com que nossos antepassados viessem pra cá?




Não posso dizer que as coisas lá não funcionam, porque estaria mentindo. Na Alemanha e na Suíça pudemos perceber claramente a cultura e educação do povo. Um exemplo disso é que os jornais ficam em caixas de acrílico, nas ruas, e as pessoas pegam o que lhes interessa e depositam moedas no local apropriado. Não há quem confira o valor, nem quem dê o troco: é tudo na base da confiança! Nos trens e ônibus, não há roletas ou cobradores: você entra no trem e esporadicamente passa alguém para conferir o bilhete. Caso você não esteja com o seu, será multado na hora.




Na Itália a coisa muda um pouco. Estivemos só em Roma, mas deu pra perceber bem a diferença. Por ser um lugar muito freqüentado por turistas, há muita sujeira nas ruas, pichações em muros e trens, pequenos assaltos. Os próprios guias impressos alertam os turistas a cuidarem de bolsas e sacolas, pois há batedores de carteira por todos os lados. O trânsito é bem louco: carros são estacionados em fila dupla, batidas são freqüentes. Há lambretas por todos os lados e, não raro, passam até pelas calçadas. As pessoas falam alto, gesticulam, e parecem estar brigando quando conversam.




O Brasil tem problemas? Sim!! Muitos!! Mas gente ruim existe em todo lugar! Precisamos apenas nos conscientizar de que o Brasil tem tudo para dar certo, basta querermos! Vamos lutar para que um dia possamos nos orgulhar de nosso país! Vamos agir como pais de bebês, que sempre ressaltam as coisas boas do filho, mesmo com as várias noites de insônia pelo choro que parece não ter fim!




Após duas semanas fora do Brasil, posso dizer o seguinte:


1) Nosso clima é perfeito: nem tão quente quanto o deserto; nem tão frio quanto o Alaska!


2) nossa comida é inigualável: só aqui temos a mistura perfeita: arroz, feijão, bife e salada. E tudo junto!!


3) nossas esculturas, nossas igrejas são tão bonitas quanto às deles, mas só temos olhos para o que é de fora...


4) nossas praias são belíssimas!




Nosso único problema: Não há POVO BRASILEIRO!!


Não somos brasileiros; somos descendentes de alemães, italianos, japoneses, espanhóis, ingleses, turcos... Mesmo sabendo que nossos antepassados vieram de lá por necessidade, enchemos a boca pra dizer que somos descendentes de alguma outra nacionalidade!




Achamos horríveis as roupas estendidas nas janelas de condomínios populares em nosso país... mas se é na Itália... "Que lindo!!"




Não fazemos muita questão de visitar prédios históricos, museus do nosso país... mas se é na Europa... queremos fotografar todos!




Fazemos pouco caso dos vinhos brasileiros, mas se o rótulo for internacional... "Que delícia!", "Que vinho encorpado!"




Vamos parar com essa mania de só falar mal do nosso país! Há muita coisa a ser feita, mas a principal delas é mudar a cabeça do povo que vive aqui!




E viva o Brasil!

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