sexta-feira, 30 de abril de 2010

Se semeio cactus, nunca colherei rosas!


Tinha planejado postar outra coisa aqui, mas algumas coisas destes últimos dias me fizeram mudar de idéia.

Ontem pensei muito no fato de algumas pessoas reclamarem tanto da vida e não perceberem o porquê de suas vidas serem tão mornas.

Já postei aqui algo sobre "Gostar é retribuição" e acho que esta postagem seguirá a mesma linha. Inclusive, ao escrever estas linhas, nem dei um título para esse texto, porque ainda não sei pra onde ele pode rumar.

O fato é que as pessoas que mais reclamam NORMALMENTE são as que: tem menos amigos ( e não colaboram em nada para tê-los); são mais perturbadas emocionalmente; sempre têm algum rancor ou mágoa dentro de si. E esses fatores colaboram cada vez mais para que elas não mudem sua situação.

A pessoa reclama que tudo dá errado pra ela: e o que ela tem feito pra que as coisas dêem certo? (Incrível, mas parece que quando fazem algo pensando em "se dar bem", aí é que se ferram!).

A pessoa reclama que não tem amigos: e o que ela tem feito pra cultivar as amizades? Não é por nada não, mas para ter amigos é preciso sorrir, abrir sua casa para os outros, aceitar convites (e até engolir alguns sapos de vez em quando...rsrsrs).

A pessoa reclama que não tem ânimo pra nada: diz-me com quem andas e eu te direi quem és! Já ouviram essa frase? Se você só anda com pessoas mal-humoradas, doentes, deprimidas, rancorosas... tornar-se-á uma delas!

Há uma frase em uma música do grupo Roupa Nova que acho brilhante: "As pessoas se convencem de que a sorte me ajudou, mas plantei cada semente que o meu coração desejou."

Cada um colhe o que plantou!

Se você tá triste com o seu caminho, ainda dá tempo de mudar!
Amigos são fundamentais na vida, e se você quer cultivá-los, tem que aprender a se doar!
E se não se dispuser a isso, esqueça... e não reclame depois!

Beijão a todos!

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Dúvidas cruéis


Por que as pessoas vivem reclamando dos governantes mas todos os dias agem com o mesmo egoísmo e ambição?

Por que as pessoas vivem reclamando do que o outro tem, ao invés de cuidarem dos seus próprios interesses?

Por que as pessoas menos cultas não enxergam que lixo na rua é uma coisa horrível?

Por que os jovens acham bonito ser feio? Fazem questão de dizer que bebem, que fumam, como se fosse um grande mérito...

Por que as pessoas que se julgam religiosas se acham mais “importantes” que as outras? No metrô, sentam-se nos lugares reservados a idosos e ficam lendo a Bíblia, ignorando completamente os “donos” daquele assento...

Por que os “Sem-Filhos” (Chatos! Chatos! Rsrs) são tão exigentes com crianças e os pais nunca enxergam a “ranhetice” de seus filhos?

Por que nunca respeitamos a opinião do outro? Respeitar é uma coisa; aceitar é outra!

Por que insistimos em colocar bonecos de neve e Papais Noéis com roupa de frio nas nossas casas se no Natal nosso clima é o mais quente do ano?

Por que achamos tudo que é “importado” é melhor?

Se achamos a Europa melhor do que o Brasil, por que não vamos pra lá de vez?

Se a frente de nossa casa tem só 3 metros, porque insistimos em ter um carro de 5m, que não cabe na nossa garagem e ainda atrapalha os vizinhos?

Por que damos um presente de R$ 100,00 para nosso filho (muitas vezes fora de datas especiais) mas não temos coragem de dar o mesmo valor no final de ano para nossa funcionária como agradecimento aos bons serviços?

Por que misturamos cerveja com vinho se sabemos que a dor de cabeça será de lascar?

Se alguém tiver alguma sugestão...

(e já vou avisando, Alberto: vê se para com essa mania de ficar criticando tudo! Se for pra criticar, nem escreva nada, OK?

Aliás, mais uma dúvida:

Se vc me acha tão ridícula, Alberto, pq vc não me esquece, hein?)

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Religião e Valores Espirituais Essenciais

Ontem recebemos alguns amigos aqui em casa e depois de muito bate-papo começamos a falar sobre religião.

E de uma forma muito civilizada, cada um de nós (éramos 7 adultos) começamos a expor nossos pontos de vista. É claro que cada um tem um modo de pensar, mas o que mais me chamou a atenção foi o respeito e a liberdade de cada um! Falamos, debatemos, conversamos, mas em nenhum momento um quis convencer o outro, ou se ofendeu... Tão bacana!

E aí eu lembrei de alguns trechos do livro”A arte da Felicidade” (Dalai-Lama e Howard C. Cutler, traduzido por Waldéa Barcellos):

“... Como sou monge budista, considero o budismo o mais conveniente. Para mim, concluí que o budismo é o melhor. Mas isso não significa que o budismo seja o melhor para todo o mundo. Isto está claro. E é categórico. Se eu acreditasse que o budismo era o melhor para todos, seria uma tolice, porque pessoas diferentes têm disposições mentais diferentes. Portanto, a variedade das pessoas exige uma variedade de religiões. O objetivo da religião é beneficiar as pessoas. E eu creio que, se tivéssemos apenas uma religião, depois de algum tempo ela deixaria de beneficiar muita gente. Se tivéssemos um restaurante, por exemplo, e nele só fosse servido um prato - dia após dia, em todas as refeições - não lhe restariam muitos fregueses depois de algum tempo. As pessoas precisam e gostam de variedade na comida porque existem muitos paladares diferentes. Do mesmo modo, as religiões destinam-se a nutrir o espírito humano”.

"Todas essas religiões podem fazer uma contribuição efetiva para o bem da humanidade. Todas foram projetadas para tornar o indivíduo mais feliz; e o mundo, um lugar melhor. No entanto, para que a religião tenha um impacto em tornar o mundo um lugar melhor, creio ser importante que cada praticante siga sinceramente os ensinamentos daquela religião. Ele precisa incorporar os ensinamentos religiosos à sua vida, onde quer que se encontre, para poder recorrer a eles como uma fonte de força interior. E é preciso adquirir uma compreensão mais profunda das idéias da religião, não apenas num nível intelectual mas com uma profundidade de sentimento, tornando-as parte da nossa experiência interior.Creio que deveria ser cultivado um profundo respeito por todas as diferentes tradições religiosas.”

"Acredito que há muitas razões similares para respeitar outras tradições religiosas também. Naturalmente, todas as religiões importantes proporcionaram enorme benefício a milhões de seres humanos ao longo de muitos séculos no passado. E, mesmo neste exato momento, milhões de pessoas ainda se beneficiam, obtêm algum tipo de inspiração, dessas diferentes tradições religiosas. Isso está claro. Também no futuro essas diferentes tradições religiosas oferecerão inspiração a milhões nas gerações que estão por vir. Essa é a verdade. Portanto, é importantíssimo perceber essa realidade e respeitar outras tradições."

"Não deveríamos restringir nosso entendimento da prática espiritual a termos de algumas atividades físicas ou atividades verbais, como recitar orações ou cantar hinos. Se nossa noção da prática espiritual se limitar apenas a essas atividades, naturalmente, vamos precisar de uma hora específica, um período marcado para realizar essa prática - porque não podemos sair por aí cumprindo as tarefas do dia-a-dia, como cozinhar entre outras, enquanto recitamos mantras. Isso poderia ser perfeitamente irritante para as pessoas ao nosso redor. No entanto, se entendermos a prática espiritual no seu sentido verdadeiro, poderemos usar todas as vinte e quatro horas do dia para nossa prática. A verdadeira espiritualidade é uma atitude mental que se pode praticar a qualquer hora."

"Cada uma das principais tradições religiosas do mundo pode oferecer as mesmas oportunidades para ajudar a pessoa a alcançar uma vida mais feliz. O poder da fé, gerada em enorme escala por essas tradições religiosas, está entremeado na vida de milhões.O mundo está cheio de exemplos semelhantes de como a fé religiosa proporciona ajuda concreta em tempos difíceis.Estudos revelaram que a fé não só é um indicador de que as pessoas vão relatar sentimentos de bem-estar, mas também que uma forte fé religiosa parece ajudar indivíduos a lidar com maior eficácia com questões tais como o envelhecimento, a atitude diante de crises pessoais e acontecimentos traumáticos."

"Apesar de todos esses benefícios em potencial estarem disponíveis para aqueles que resolvam praticar os ensinamentos de uma religião estabelecida, está claro que ter uma crença religiosa por si só não é nenhuma garantia de felicidade e paz."

"Se acreditarmos em qualquer religião, isso é bom. Porém, mesmo sem uma crença religiosa, ainda podemos nos arranjar. Em alguns casos, podemos nos sair ainda melhor. Mas esse é nosso próprio direito individual. Se quisermos acreditar, ótimo! Se não quisermos, tudo bem. É que existe um outro nível de espiritualidade. É o que chamo de espiritualidade básica - qualidades humanas fundamentais de bondade, benevolência, compaixão, interesse pelo outro. Quer sejamos crentes, quer não sejamos, esse tipo de espiritualidade é essencial”.

Esses trechos do livro traduzem muito do que eu penso em termos de religiosidade. Se aprendêssemos a realmente ter fé ao invés de freqüentar uma igreja simplesmente;

ou se pelo menos aprendêssemos a respeitar os outros, já seria maravilhoso!

E ontem tive provas de que existem pessoas assim! E são meus amigos! Que bom!

Beijão a todos!

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