sexta-feira, 26 de junho de 2009

GOSTAR É RETRIBUIÇÃO


GOSTAR É UMA RETRIBUIÇÃO


Pense nas pessoas que você mais gosta. Posso apostar que a enorme maioria delas também gosta de você (ou pelo menos você acredita nisso...).

Pense agora nas crianças que lhe são mais queridas (não vale pensar em filho, neto ou sobrinho!). Também aposto que são crianças fáceis de lidar... Não é assim que funciona? Gostamos de quem gosta da gente!

Muitas vezes a mesma pessoa pode parecer antipática para uns, e fantásticas para outros... tudo vai depender da atitude dela para com os outros.

Vamos falar de crianças, que é um exemplo muito bom – afinal elas ainda são consideradas “puras”, ou incapazes de forjar um sentimento. Quantas vezes achamos uma criança totalmente sem graça ou mesmo detestável, enquanto que outros a consideram “um doce”? Geralmente esta nossa antipatia está associada a algum tipo de rejeição por parte da criança (choro, grito, ou até tapas ao se aproximarem da gente). Em contrapartida, aquela criança que vive dando vexame em lugares públicos, faz a maior bagunça – mas demonstra afeição por nós – é amada e até achamos graça de suas travessuras... Talvez isso explique por que mães, pais, avós e tias fiquem tão cegos às chatices de seus pequenos... gostar é retribuição!

Voltando aos adultos, quantas vezes deixamos de falar com uma pessoa ao saber que ela falou mal de nós? Quantas vezes deixamos de cumprimentar alguém porque ele/ela não nos cumprimentou primeiro? (o círculo pode se tornar vicioso e ninguém cumprimentará ninguém, nunca!)

Da mesma forma, quantas vezes passamos a gostar de alguém só por sabermos que esse alguém se referiu a nós de forma carinhosa?

É por isso que precisamos de aprender a ceder... a ouvir... a dar chance aos outros! Será que a pessoa realmente falou mal de você? Será que ela não te cumprimentou porque você também deixou de cumprimentá-la ontem, simplesmente por estar distraído? Será que a criança não gosta mesmo de você?

É claro que há muitas pessoas que não gostam mesmo da gente, e crianças que demorarão a nos apreciar... (As pessoas têm o direito de gostarem de quem quiserem!) Mas dê ao menos uma chance para que ela manifeste o que realmente sente por você. Ceda um pouco! E se depois disso não der certo mesmo, se não houver afinidades entre vocês, parta pra outra amizade; afinal, GOSTAR É RETRIBUIÇÃO!

quarta-feira, 24 de junho de 2009

ENTENDA E RESPEITE O MOTOCICLISTA


ENTENDA E RESPEITE O MOTOCICLISTA

Todos os dias vemos na imprensa a notícia de algum acidente envolvendo carros e motos, e quase sempre quem leva a pior é o motociclista. São muitas as reclamações dos condutores de carros... Muitas delas têm sentido, pois é inegável que a proliferação de financiamentos para a compra de motos gerou o aumento de pilotos – sem qualquer experiência- nas ruas. Porém, hoje vou partir em defesa dos motociclistas. Deixando de lado os péssimos motociclistas, temos que admitir que muitos deles são verdadeiros “experts” no trânsito caótico de São Paulo.

Neste texto, entenda “motorista” como o que dirige carros, e “motociclista” como o motoqueiro.

Os motoristas reclamam que os “motoqueiros” são arrogantes, encrenqueiros e apressadinhos; os motociclistas dizem que os motoristas são folgados, dispersos e egoístas. E cada um tem a sua razão. A disputa entre eles está longe de ter fim, mas há como amenizar o problema.

Os motoristas alegam que as motos deveriam ficar atrás dos carros, aguardando o momento seguro para a ultrapassagem, que não deviam “costurar” entre os carros (ou seja: gostariam que as motos se comportassem como carros...) Tem lógica isso? Se fosse pra se comportarem como carros, iriam preferir o veículo de 4 rodas, que os protege da chuva, permite carregar mais coisas... Se eles andam de moto é porque precisam chegar mais rápido!!

Outra reclamação dos motoristas é a de que os motoqueiros buzinam muito... acreditam que isso é um sinal de “prepotência”, como se dissessem “Sai da frente, idiota!”. Na verdade, o que o motociclista quer, buzinando, é avisar: “Cuidado! Estou passando!”. (Você, que é motorista, já tentou imaginar o estresse que dá ao passar num corredor onde, a qualquer momento, um carro pode aparecer “do nada” e te fazer voar? Quem é motociclista sabe...).

Outra reclamação dos motoristas é a de que os motoqueiros reclamam muito e às vezes são agressivos, chegando a chutar portas de carros, a arrancar retrovisores...
É claro que não justifica a violência, mas você já se imaginou pilotando uma moto logo atrás de um carro que dança sem parar na pista porque o motorista está falando ao celular, trocando a estação de rádio, acendendo cigarro? (E – pasmem – outro dia vi um motoqueiro sendo fechado por um motorista de uma firma que usa carros com placa de Curitiba abrindo uma latinha de cerveja enquanto dirigia...)

Gostaria muito que houvesse uma campanha nacional em rádio e TV, educando motoristas e motociclistas, para que convivam em harmonia... Enquanto isso não acontece, valem algumas regras básicas:

1) O motociclista não é seu inimigo; ele tem o mesmo direito que você para ocupar as ruas e geralmente está com pressa porque está trabalhando.
2) Ao dirigir, mantenha a atenção nos retrovisores – ele não é um simples enfeite. Quando for ultrapassar, sinalize; faça-o com atenção aos retrovisores e procure não ficar atravessado na pista.
3) Ao transitar por uma via, se está na pista da direita, mantenha-se COLADO NA FAIXA DA DIREITA; se está na esquerda, COLADO NA FAIXA DA ESQUERDA! Isso faz com que haja um espaço livre para o motociclista passar e não implicar com você (Lembre-se sempre: o que ele quer é passar!). Se houver 3 faixas e você estiver na do meio, fique de preferência colado na faixa da direita, ou pelo menos siga o carro que está à sua frente: ou totalmente à esquerda, ou totalmente à direita. Isso facilita a vida do motociclista, que não vai precisar ficar “costurando” entre os carros, podendo até atingir seu carro nessas manobras. Isso vale também ao parar nos semáforos: TOTALMENTE Á ESQUERDA ou TOTALMENTE À DIREITA! Não seja “turrão”, libere passagem para o motociclista!
4) Trânsito não é lugar para falar ao celular, nem pra ficar trocando a estação de rádio a toda hora, nem pra ler relatórios/estudar, nem pra retocar a maquiagem, nem pra acender cigarro, e muito menos pra beber! Se precisar MESMO fazer essas coisas, pare o carro num local seguro ou pelo menos mantenha-se na pista da direita e TOTALMENTE À DIREITA, sem atrapalhar motociclistas e outros motoristas com o seu “zigue-zague”!
5) A regra de ouro é: ENTENDA E RESPEITE O MOTOCICLISTA! Deixe de ser chatinho e libere a passagem! Lembre-se sempre: o que ele quer é passar; só isso! Se você colaborar, vai evitar muito aborrecimento!

Você, motorista que implica com o motoqueiro: imagine se cada moto fosse mais um carro... seria impossível transitar em São Paulo!

E se quiser se divertir um pouco, assista o vídeo do “Motoboy” no Programa do Jô: tem muita verdade nesse quadro de humor!
http://www.youtube.com/watch?v=20aByx59uY8

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Ainda sobre a "Síndrome do Ninho Vazio"

Este texto é na verdade um comentário ao Texto publicado no dia 16 sobre a "Síndrome do Ninho Vazio".
Então, se você não leu a primeira parte e seus comentários, faça-o agora... rsrsrs



Adorei o fato do texto ter gerado comentários... esse é o intuito de blog!

Quanto ao que dissemos até aqui, concordo com a opinião de vcs!
Aliás, cada um tem seu modo de pensar, e procuro respeitar a opinião alheia.

Mas só pra frisar: o texto (a meu ver) não quis “detonar” as crianças e nem dizer que os filhos são uns monstros, que atrapalham etc. O autor do texto ousou dizer que pode haver felicidade depois que os filhos saem de casa, mas é claro que muitos não pensam assim. Mulheres que se dedicam apenas e tão somente aos filhos irão sofrer mais com a saída deles (conforme outras pesquisas que li, isso pode até gerar a separação do casal, pois com a saída dos filhos acabam descobrindo que eles – os filhos – eram a única coisa que o casal tinha em comum)...

Em contrapartida, mulheres que se dedicam à maternidade mas conscientizam-se de que um dia os filhos “criam asas”, sofrerão menos!

Em minhas observações, pude constatar que:
- Depois que os filhos saem de casa, há um “sentimento de vazio” nos primeiros meses. (Há mulheres que demoram a se acostumar com a nova rotina, com menos compras, menos tarefas) – Minha sogra mesmo passou por isso...

- Depois de algum tempo, “Liberdade, Liberdade, abre as asas sobre nós!”. A mãe (principalmente) começa a gostar da idéia, pois não tem horário pras refeições, aprende a viajar, conhecer outras coisas... Faz cursos, inventa! (tenho outra pessoa muito próxima de mim que vive esta fase... rsrsrs)

- Em contrapartida, mulheres que ainda estão com os filhos em casa (e hoje em dia – no Brasil - eles saem de casa após os 30 anos) sentem-se “presas” às crias e reclamam do excesso de tarefas...

Tudo vai depender do estilo de vida da pessoa, do tipo de criação que ela recebeu... não há verdades prontas. Tudo é aprendizado!

Beijos a todos que lêem estas coisas! (mesmo aqueles que nada comentam... rsrsrsr)

sexta-feira, 19 de junho de 2009

19 de junho: Aniversário da minha madrinha Mariangela!


ma.dri.nha Substantivo feminino
mulher que apresenta alguém (geralmente criança) para ser batizado ou crismado com o compromisso implícito de, na ausência dos pais, provê-lo de tudo quanto lhe seja necessário; dinda, dindinha


em casamento religioso ou civil, mulher escolhida por um dos noivos ou pelo casal para acompanhar, testemunhar e/ou abençoar a união; testemunha


(Derivação: por extensão de sentido) mulher que ajuda ou protege uma pessoa, especialmente no sentido de introduzi-la em certos meios



Hoje é aniversário de uma das minhas madrinhas...

E como ela está tão longe (tá lááááááá na Itália!), quero deixar registrado aqui os meus "parabéns"!


Ela é realmente o que está escrito aí em cima: sempre acompanhou meus passos, deu forças quando precisei e está sempre pronta pra ajudar... não é à toa que a chamo às vezes de "Mãedrinha"...


"Dinda":

Parabéns! Que seu dia seja especial, mesmo estando longe das pessoas que mais gosta (marido e filhos). Saiba que aqui muitos estarão pensando em você! Grande beijo!


terça-feira, 16 de junho de 2009

Especialistas contestam a "Síndrome do Ninho Vazio"

O tema é polêmico... Muitos pais "fervorosos" vão querer me matar... Mas o texto (mais uma vez) não é meu!!! É do "New York Times", publicado em janeiro deste ano. Se gue o texto como o encontrei, sem tirar nem pôr:


Desde os anos 70, os especialistas em relacionamentos popularizaram a idéia da "síndrome do ninho vazio", um período de depressão e de perda de propósito que aflige os pais, e especialmente as mães, quando os filhos saem de casa. Dezenas de sites e livros prometem ajudar os pais a enfrentar essa transição, e a editora Simon & Schuster tem até uma série especial dedicada às vítimas da síndrome.
Mas o número crescente de pesquisas parece sugerir que o fenômeno foi compreendido de maneira indevida. Embora a maioria dos pais claramente sintam falta dos filhos quando estes saem de casa para estudar, trabalhar ou se casar, a liberdade ampliada e a redução na carga de responsabilidades são apreciadas.
E a despeito da preocupação frequente com a possibilidade de que os casais descubram nada ter em comum exceto os filhos, uma nova pesquisa, publicada na edição de novembro da revista Psychological Science, demonstra que a satisfação conjugal na verdade cresce quando os filhos enfim se vão.
"Não é como se as pessoas tivessem vidas horríveis", diz Sara Melissa Gorchoff, especialista em relacionamentos adultos na Universidade da Califórnia em Berkeley. "Os pais são felizes com os filhos. Mas os casamentos deles muitas vezes melhoram quando as crianças se vão".
Embora isso talvez não surpreenda alguns pais, compreender por que os relacionamentos conjugais dos pais, cujos filhos deixaram a casa da família melhoram, pode oferecer lições importantes para a felicidade conjugal de casais que estão a anos de distância de uma casa sem filhos.
Um dos aspectos mais desconfortáveis do estudo se refere ao efeito negativo que crianças podem ter sobre relacionamentos antes felizes. A despeito da idéia popular de que crianças aproximam casais, diversos estudos demonstram que a satisfação marital e a felicidade do casal em geral despencam quando chega o primeiro bebê.
Em junho, o Journal of Advanced Nursing publicou um estudo conduzido pela Escola de Enfermagem da Universidade de Nebraska sobre o índice de felicidade conjugal de 185 homens e mulheres. O índice começava a cair durante a gestação e continuava em queda quando as crianças atingiam os cinco meses e os 24 meses. Outros estudos apontam que casais com dois filhos se saem ainda pior do que casais com um filho só.
Embora ter filhos claramente traga felicidade aos pais, os apertos financeiros e de tempo podem desgastar um relacionamento. Depois que um filho nasce, os casais têm apenas um terço do tempo de intimidade a dois que tinham antes de terem filhos, de acordo com pesquisadores da Universidade Estadual do Ohio.
A chegada dos filhos também atribui parte desproporcional das responsabilidades domésticas às mulheres, e isso é uma fonte comum de desentendimento conjugal. Depois dos filhos, o trabalho doméstico das mulheres cresce três vezes mais que o dos homens, de acordo com estudos do Centro de População, Sexo e Igualdade Social da Universidade de Maryland.
Mas boa parte das pesquisas sobre o efeito dos filhos na felicidade conjugal se concentra nos anos iniciais. Para compreender o impacto em prazo mais longo, os pesquisadores de Berkeley acompanharam os índices de satisfação conjugal de 72 mulheres que são parte do Estudo Longitudinal Mills, no qual um grupo de alunas do Mills College foi acompanhado pelos pesquisadores durante 50 anos.
O estudo é importante porque acompanha a primeira geração de mulheres que tentou equilibrar as responsabilidades familiares profissionais e empregos externos. No estudo sobre a síndrome do ninho vazio, os pesquisadores compararam a felicidade conjugal de mulheres na casa dos 40 anos, quando muitas ainda tinham filhos morando consigo; na casa dos 50 anos, quando alguns dos filhos já haviam saído de casa; e na dos 60, quando virtualmente todas viviam separadas dos filhos.
Em todas as situações, as mulheres cujos filhos já haviam deixado o lar apresentaram felicidade conjugal maior que a das mulheres que ainda tinham crianças em casa. O resultado se assemelha ao de um estudo apresentado na reunião da Associação Psicológica Americana em 2008, o qual acompanhava uma dezena de pais entrevistados quando seus filhos se formaram no segundo grau e 10 anos mais tarde. O pequeno estudo também indica que a maioria dos pais se sente mais feliz em termos conjugais depois que os filhos se vão.
Embora os pesquisadores de Berkeley tenham oferecido a hipótese de que a maior satisfação se deve ao fato de os casais passarem mais tempo juntos quando seus filhos saem de casa, a maioria das mulheres no estudo afirma que passa mais ou menos o mesmo tempo com seus maridos quando isso acontece, mas a qualidade desse tempo melhora.
"Há menos interrupções e menos estresse quando os filhos saem de casa", disse Gorchoff, de Berkeley. "Não é que os casais fiquem mais tempo juntos depois que os filhos se vão, mas a qualidade do tempo de que o casal compartilha melhora".
Ela aponta que a lição oferecida pelos resultados parece ser a de que os pais precisam encontrar mais tempo livre de estresse para passarem juntos. Na amostra estudada, a única variável que melhorava quando os filhos saem de casa era a satisfação conjugal. Em termos gerais, os pais se declaram igualmente felizes quando têm filhos em casa e quando não. (O que acontece quando filhos adultos voltam à casa dos pais porque suas perspectivas de emprego desapareceram em função de um desastre econômico não foi examinado nos estudos).
"As crianças não arruínam as vidas de seus pais", disse Gorchoff. "Elas só dificultam interações mais agradáveis entre eles".


Tradução: Paulo Migliacci
The New York Times

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Planeta melhor para os filhos?

Recebi por e-mail este texto curtinho...
Achei-o muito interessante e resolvi publicá-lo aqui.
Diz o e-mail que a pergunta foi a vencedora em um congresso sobre vida sustentável:

"Todo mundo 'pensando' em deixar um planeta melhor para nossos filhos...
Quando é que 'pensarão' em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"

Passe adiante a ideia! Precisamos começar JÁ!

Uma criança que aprende o respeito e a honra dentro de casa e recebe o exemplo vindo de seus pais, torna-se um adulto comprometido em todos os aspectos, inclusive em respeitar o planeta aonde vive...

E eu acrescento:
Senhores pais!
AMAR alguém significa também educar!!
Não se cansem de ensinar:
o respeito aos mais velhos,
a dividir as coisas,
a jogar o lixo no lixo,
a agradecer e pedir desculpas...

Boa semana a todos!

sexta-feira, 12 de junho de 2009

"A porta do lado" (Drauzio Varella)


Em entrevista dada pelo médico Drauzio Varella, ele disse que a gente tem um nível de exigência absurdo em relação à vida, que queremos que absolutamente tudo dê certo, e que, às vezes, por aborrecimentos mínimos, somos capazes de passar um dia inteiro de cara amarrada.

E aí ele deu um exemplo trivial, que acontece todo dia na vida da gente: quando um vizinho estaciona o carro muito encostado ao seu na garagem (ou pode ser na vaga do estacionamento do shopping).

"Em vez de simplesmente entrar pela outra porta, sair com o carro e tratar da sua vida, você bufa, pragueja, esperneia e estraga o que resta do seu dia.

Eu acho que esta história de dois carros alinhados, impedindo a abertura da porta do motorista, é um bom exemplo do que torna a vida de algumas pessoas melhor, e de outras, pior. Tem gente que tem a vida muito parecida com a de seus amigos, mas não entende por que eles parecem ser tão mais felizes. Será que nada dá errado para eles? Dá, aos montes.
Só que, para eles, entrar pela porta do lado, uma vez ou outra, não faz a menor diferença.

O que não falta neste mundo é gente que se acha o último biscoito do pacote. Que "audácia" contrariá-los! São aqueles que nunca ouviram falar em saídas de emergência: fincam o pé, compram briga e não deixam barato. Alguém aí falou em complexo de perseguição? Justamente. O mundo versus eles.

Eu entro muito pela outra porta, e às vezes saio por ela também. É incômodo, tem um freio de mão no meio do caminho, mas é um problema solúvel. E como esse, a maioria dos nossos problemões podem ser resolvidos assim, rapidinho. Basta um telefonema, um e-mail,um pedido de desculpas, um deixar barato.

Eu ando deixando de graça... Para ser sincero,vinte e quatro horas têm sido pouco para tudo o que eu tenho que fazer, então não vou perder ainda mais tempo ficando mal-humorado. Se eu procurar, vou encontrar dezenas de situações irritantes e gente idem, pilhas de pessoas que vão atrasar meu dia. Então eu uso a "porta do lado" e vou tratar do que é importante de fato. Eis a chave do mistério, a fórmula da felicidade, o elixir do bom humor, a razão porque parece que tão pouca coisa na vida dos outros dá errado."

Quando os desacertos da vida ameaçarem o seu bom humor, não estrague o seu dia... Use a porta do lado e mantenha a sua harmonia.
Lembre-se: o humor é contagiante – para o bem e para o mal – portanto, sorria e contagie todos ao seu redor com a sua alegria.
A “porta do lado” pode ser uma boa entrada ou uma boa saída... Experimente!

terça-feira, 9 de junho de 2009

9 de junho: Dia do Porteiro

Profissional de extrema importância nas grandes metrópoles, onde os condomínios crescem a cada dia, o porteiro é aquele que controla a entrada e a saída de pessoas e de coisas, seja em um condomínio, um evento, uma empresa.

Vou falar um pouco do porteiro de condomínio, profissional com o qual tenho mais contato, seja por ter morado em prédios, ou por conviver com eles na minha profissão.

Dos porteiros de prédio espera-se boa aparência, cordialidade, cuidado e, principalmente, discrição. Afinal, são eles que sabem da rotinados moradores: quem entra, quem sai, horários, manias e "podres"...

Na minha profissão, observei alguns tipos clássicos:

1- O "porteiro-amigo": distribui sorrisos, cumprimenta, demonstra que gosta do que faz. Por ser simpático, sabe da vida de todo mundo, já que conversa com quem passar pela portaria.

2- O "porteiro-mal-humorado": Não quer conversa, não cumprimenta, não faz nada além do que esteja ao seu alcance, não procura obter informações, está sempre de cara feia.

3- O "porteiro dedo-duro": é aquele que, por vingança ou por ignorância mesmo, "entrega" todos os podres do morador quando percebe que você o procura para cobrar alguma coisa.

4- O "porteiro ultraprestativo": Parecido com o "amigo", só que com um adicional: ele atende ao interfone, abre o portão, ajuda a carregar sacolas de quem está chegando, abre a porta do elevador, entrega as correspondências em mãos, coloca/retira objetos do elevador para que o morador não precisa sair do conforto de seu apartamento etc. É um verdadeiro "gentleman", mas ás vezes acaba se perdendo na função e prejudica quem mais precisa dele naquele momento.

5- O "porteiro-discreto": é aquele que tudo sabe, tudo vê, mas nada deixa transparecer. Ele nunca sabe se o morador já saiu, não sabe se tem determinado carro, e, quando liga para o apartamento, tem o cuidado de dizer: "Bom dia... tem aqui uma oficial de justiça procurando o Sr. João..." ao invés de dizer: "Sr. João? tem aqui uma oficial de justiça te procurando..." (já pensou se o próprio sr. João pede para que ele - porteiro - diga que o sr. João não está?)...

6- O "porteiro-curioso": é aquele que dá um jeitinho de saber o porquê da sua visita: "É Oficial de Justiça, é? É sobre pensão, não é?"...

De qualquer tipo, o porteiro é sempre aquele que te recebe ou que despede; normalmente tem sotaque nordestino e pouco estudo. Não o culpe por muitas vezes ele não ter o seu raciocínio: se ele tivesse a grade curricular que você tem, não estaria ali, aguentando gente mal-humorada e passando sono e frio nas noites em que precisa trabalhar! Com raríssimas exceções, se você o tratar bem, será bem tratado também! Lembre-se disso quando o encontrar da próxima vez...

quinta-feira, 4 de junho de 2009

"Fé demais não cheira bem"

A frase-título dá nome a uma comédia, mas a experiência que tive na última semana não teve nada de engraçado...

Peguei um mandado de despejo no mês de abril e, como sempre faço, fui à casa da pessoa para avisá-la de que estava com a ordem judicial em mãos, e que esta seria cumprida assim que o proprietário da casa fornecesse os meios (caminhão, carregadores, local para guardar os bens).

Não havia ninguém em casa e deixei um cartão embaixo da porta, para que ela entrasse em contato comigo. Escrevi no cartão a palavra que a faria entrar em contato: "Despejo".

No mesmo dia ela me ligou. Só que me ligou para falar, e não para ouvir. Disse-me com toda convicção que não sairia do imóvel, porque ela era "fiel a Deus, e Ele não deixaria que isso acontecesse"... Informei-a de que estava dependendo do proprietário do imóvel, e que ela deveria providenciar ao menos um local para transporte de suas coisas.
Decorridos 15 dias, como não houve contato por parte do proprietário, devolvi o mandado sem cumprimento.

Na última semana de maio, recebi de volta a mesma ordem; mas dessa vez o advogado do proprietário entrou em contato no mesmo dia, afim de marcarmos o cumprimento da ordem.
Telefonei para a mulher (vou chamá-la aqui de "Jane") avisando-a de que dessa vez a ordem seria cumprida e que já havia data: 03 de junho.
Novamente fui bombardeada por frases inflamadas, agressivas até, dando conta de que "Deus é maior do que isso", "Nada me tira daqui viva", "Seja o que Deus quiser" etc

Fui até o cartório para analisar o processo (afinal, peguei-o já "andando" e nada sabia sobre o caso).
Jane estava no imóvel há pelo menos 3 anos (e há 2 anos, não pagava o aluguel de R$ 150,00).
Foi notificada a desocupar o imóvel em janeiro deste ano (tinha 15 dias para fazê-lo voluntariamente).
Em abril, eu a avisei da ordem, mas devolvi o mandado sem cumprimento por falta de contato com o proprietário... Ou seja: 2 anos sem pagar o aluguel, e avisada desde janeiro!!!

Na véspera do despejo, estive novamente no local, na esperança de que Jane tivesse compreendido a gravidade da situação e tivesse retirado suas coisas voluntariamente. Novamente não a encontrei, mas suas coisas continuavam ali...
Telefonei, e ela me atendeu desconfiada, mas ainda na esperança de que nada aconteceria, afinal "Deus é justo; e Ele sabe das coisas". Nessa hora eu tive que responder... Disse a ela que Deus é justo mesmo... e que não poderia ajudar uma pessoa que está há 2 anos sem pagar aluguel e nada faz para modificar a situação.
Ela ficou muito brava; disse que eu deveria ir à igreja "tal", pois lá está a verdade. E que ela não deixaria ninguém colocar as mãos nas coisas dela; e que ela é parente de pessoas da Polícia Federal etc
Vi que era um caso sem volta... Insisti com ela que o despejo ocorreria no dia seguin te e que ela deveria arrumar ao menos um lugar para levar suas coisas...

Como você já deve ter previsto, ontem estivemos lá (eu, proprietário, advogado, carregadores e... polícia militar!) e o despejo ocorreu. De início ela resistiu, mas quando viu que não havia outro jeito, abriu a porta do imóvel (um "quarto e banheiro", na verdade). Como já era de se esperar, não arrumou lugar para as coisas, que foram levadas para um depósito. O resto (louças, roupas, e outras miudezas) ela foi distribuindo entre os vizinhos (não entendi se as doou, ou vai voltar para buscar depois).
Por todo lado havia coisas da tal igreja: o relógio de parede, jornaizinhos, quadros. E no painel do celular, a mensagem: "Deus é poder".
E então percebi que o que levou a mulher a este estado foi o excesso de fé, ou, na verdade, o que ela acha que é FÉ!!! Até o último instante, ela acreditou que ocorreria um milagre. Ela acreditou que Deus ajuda aos pobres, gratuitamente, e que nada precisa ser feito! Acreditou que basta ter fé e ser fiel...

Ao dormir, numa noite tão fria, fiquei imaginando onde estaria aquela mulher... Seus móveis foram para um depósito; o colchão ela jogou fora, pois era realmente muito velho... Será que foi para a casa do filho? ("ele é casado, tem a vida dele" - palavras de Jane); será que foi pra casa de um vizinho? Será que a igreja que ela tanto defende a acolheu? E lembrei que ela não tinha nada naquela noite... Triste, não?

Mas quando penso nas inúmeras chances que ela teve, nos dois anos que ficou sem pagar o aluguel, nas coisas absurdas que ela me disse, chego à conclusão de que a vida nos dá muitas lições, e que devemos aprender com elas!
Minha mãe sempre dizia: "Tudo que é demais, enjoa" e eu adapto: "Tudo que é excesso, não pode estar certo"!
Deus nos ajuda, sim: mas temos que fazer a nossa parte (e bem feitinha, viu?)...
Fé demais, amor demais, ódio demais... só nos faz mal!

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Toque de recolher: tá chegando a hora!

Vejo no noticiário desta manhã que um rapaz foi morto atropelado na Zona Sul de São Paulo. O outro amigo (também atingido) está em coma. Outros dois amigos nada sofreram. Segundo depoimento de quem sobreviveu era madrugada e os 4 (3 rapazes e 1 moça) foram abordados por um homem enfurecido, num carro, que queria saber quem havia danificado o seu carro. Eles teriam dito que nada fizeram e o homem partiu inconformado. Segundo eles, o homem teria dado a volta no quarteirão e retornado, "jogando" o carro em cima dos rapazes. O rapaz que morreu tinha 23 anos, terminaria o curso superior neste ano e sua namorada está prestes a dar a luz.
(É horrível o que vou dizer num momento desses, mas o que um rapaz universitário prestes a ser pai estava fazendo na rua, de madrugada, com mais 3 amigos??)

Em outra reportagem, fico sabendo que alguns rapazes estavam "brincando" com um carrinho de compras no estacionamento do Hipermercado Extra (aqui em São Bernardo)na madrugada de domingo e, quando abordados por seguranças, iniciaram uma discussão seguida por agressão física, sendo que uma das seguranças foi atingida e teve traumatismo craniano. (!!!...)

Não vou partir em defesa de ninguém aqui, mas tenho visto certos exageros por parte da rapaziada que está nas ruas pelas madrugadas.

Ao lado de minha casa há uma travessa (uma escadaria que dá acesso à outra rua). Frequentemente tenho que sair na sacada e pedir (com educação, senão posso sofrer represália) para que eles falem um pouco mais baixo, já que são mais de 2 da manhã e não é hora de tanta euforia. Mas eles nem sempre acolhem meu pedido... Estão sempre aos berros, rindo muito, fumando maconha e bebendo cerveja. Fico triste, porque vejo que são pessoas bem criadas, de boa aparência e fico imaginando que foram bebezinhos lindos, esperados com muito carinho, amados... e olha no que deu! E fico pensando se os pais sabem onde eles estão... se sabem que eles fumam maconha... se sabem que estão incomodando alguém! Será que estão em casa esperando, preocupados...ou estão dormindo?

Na semana passada, às 4h do domingo, acordei com uma música eletrônica muito alta. Imaginei que fosse de um carro na outra rua e aguardei ansiosa que ele partisse, levando junto o som histérico. Mas não era o som de um carro. A música era do tipo hipnotizante - aquelas que "entram na cabeça" e te deixam quase doida - tinha sempre um tum-tum-tum-tum pausado e aqueles "acordes" computadorizados. E a música tinha picos e depois ia diminuindo... até iniciar novamente, tudo outra vez! Sempre igual! E isso se repetiu várias e várias vezes... a mesma música... altos e baixos... tum-tum-tum-tum... até às 7h30!!!!!!!

Em uma cidade do interior paulista (se não me engano, Fernandópolis), o prefeito instituiu o "Toque de Recolher" para pessoas com menos de 21 anos. Muita gente foi contra; disse que isso é função dos pais e não do Estado. Pois eu discordo! Quando os pais perdem o controle, é hora do Estado agir!
Sou da época que saíamos às 20h e tínhamos que retornar - no máximo - às 23h30!
Hoje a meninada sai de casa às 23h30!
Por que as festas precisam acontecer tão tarde?? E sempre à base de energéticos, drogas, bebidas... Parece mais uma "Campanha Anti-Saúde"! Um suicídio lento e coletivo!

Toque de Recolher!! Eu aprovo!!!!

Seguidores