segunda-feira, 10 de março de 2014

Fé - toda certeza que dispensa provas

O assunto de hoje é muito delicado. Certamente gera polêmica, discussão. Justamente por este motivo não compartilharei em nenhum lugar esta postagem: quem passar por aqui vai ler... quem não passar, ficará imune a esta opinião. Não tenho a intenção de convencer ninguém, muito menos desprezar a fé de ninguém. Apenas registro a minha opinião.

Coisa que sempre me intrigou foi a fé. A característica mais marcante de quem tem fé é a aceitação do resultado, seja ele qual for. A pessoa pede: se o resultado foi alcançado, graças e Deus; se não foi, graças também - pois Ele sabe o que faz.

Sendo assim, para os mais céticos, fica a questão: por que pedimos então? Se o resultado será dado pelo Criador, por que tentamos interferir?

A experiência nos mostra que, pedindo ou não... ajoelhando ou não... o resultado será o que Deus quiser! Ás vezes corresponde ao nosso pedido; outras vezes, não.

Num dos textos do CD "Filtro Solar", ouvi uma definição de fé que me marcou: "FÉ é toda certeza que dispensa provas." E não é isso mesmo? Quem tem fé não duvida, não questiona, não hesita. Confia e pronto! Não é necessário que se prove nada. Aceita-se.

Não nego que a fé é importante. Para alguns, aliás, ela é extremamente necessária. É o que os mantêm esperançosos.

Para outros, certos acontecimentos os deixam mais céticos ainda. Ou seja: pra cada um, um resultado.

Achei muito bonito um trecho de um livro sobre o Budismo que fala um pouco disso:

"Como sou monge budista, considero o budismo o mais conveniente. Para mim, concluí que o budismo é o melhor. Mas isso não significa que o budismo é o melhor para todo mundo. Isso está claro. E é categórico. Se eu acreditasse que o budismo era o melhor para todos, seria uma tolice, porque pessoas diferentes têm disposições mentais diferentes. Portanto, a variedade das pessoas exige uma variedade de religiões. O objetivo da religião é beneficiar as pessoas. E eu creio que, se tivéssemos apenas uma religião, depois de algum tempo ela deixaria de beneficiar muita gente.Se tivéssemos um restaurante, por exemplo, e nele só fosse servido um prato - dia após dia, em todas as refeições - não lhe restariam muitos fregueses depois de algum tempo. As pessoas precisam e gostam da variedade na comida porque existem muitos paladares diferentes. Do mesmo modo, as religiões destinam-se a nutrir o espírito humano." (A arte da felicidade - Dalai Lama e Howard C. Cutler)

E mais à frente:
"... se acreditarmos em qualquer religião, isso é bom. Porém, mesmo sem uma crença religiosa, ainda podemos nos arranjar. Em alguns casos, podemos nos sair ainda melhor. Mas esse é nosso próprio direito individual. Se quisermos acreditar, ótimo! Se não quisermos, tudo bem. É que existe um outro nível de espiritualidade. É o que chamo de espiritualidade básica- qualidades humanas fundamentais de bondade, benevolência, compaixão, interesse pelo outro. Quer sejamos crentes, quer não sejamos, esse tipo de espiritualidade é essencial."

No resumo de tudo, a velha frase, já desgastada: "O importante é ser feliz!"

Você é feliz com sua fé? É isso o que mais importa.
Boa semana pra todos.


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