Gostaria que um dia as pessoas chegassem à conclusão de que essa correria de final de ano é ridícula.
Saio de casa e vejo as pessoas estressadas, cansadas, correndo pra comprar coisas e coisas... Ficam estressadas no trânsito, lotam as ruas do comércio, discutem com familiares onde será a "ceia" deste ano.
Quem fica com todo o trabalho (quem cede a casa) reclama que os outros são uns folgados, que deviam ajudar em alguma coisa. Quem vai à casa do outro, reclama que o cardápio não é dos melhores, que o valor de sua parte ficou muito alto, que deviam ter ido a um outro lugar...
Quanto aos presentes, quantas e quantas vezes nos esforçamos pra comprar uma coisa legal e vemos a insatisfação na cara do presenteado? E quantas vezes somos os presenteados insatisfeitos, pensando "Puxa, ele devia ter me dado em dinheiro..."
É... a vida não é fácil. Mas muitas vezes somos nós quem complicamos!
E se você resolve "ousar" e passar o Natal ou Reveillon em casa, sozinho? Meu-Deus-do-Céu! Vira um extraterrestre!! "Como assim? Passar o Natal em casa, assistindo um filme??" "Que pessoas anti-sociais!"
Somos condicionados a dar presentes em datas certas, passar o Natal em família, ver a virada do ano com outras pessoas, marchar conforme o ritual. Mas nem sempre o fazemos por vontade.
Li um texto da Danuza Leão (sim, mais um!) que fala exatamente disso. Vou publicá-lo na semana que vem.
Enquanto isso, vou sonhar com o dia em que não teremos dia específico para dar presentes, nem a obrigação de comemorarmos datas. Acho bem mais democrático.
É o que tenho pensado.
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